SVS desmente surto de Mpox e alerta população sobre disseminação de informações falsas

Nos últimos dias, a internet foi invadida com informações sobre um possível surto de MPox, uma doença viral que causa erupções na pele. Segundo a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), as notícias de surto no estado do Amapá são falsas.
De acordo com a diretora do Centro de Informação Estratégica em Vigilância em Saúde ( Cievs), Solange Sacramento, o Amapá, durante o período de 2022 até 2025, tem apenas quatro casos registrados da doença. Solange também esclarece que, mesmo sem a incidência de novos casos, as equipes de saúde passam constantemente por capacitações para atualização de protocolos.
“Nós estamos monitorando a situação de M-pox, e não de agora, desde o ano de 2022, quando foram identificados os primeiros casos da doença. Na série histórica de 2022 a 2025, o estado do Amapá registrou apenas quatro casos da doença confirmados, mas nós realizamos esse monitoramento em toda a nossa rede assistencial hospitalar, tanto pública quanto privada, assim como nós também realizamos a capacitação dos nossos profissionais. Foi realizada uma capacitação em novembro do ano de 2024, mesmo sem casos confirmados da doença, mas ainda assim, o nosso monitoramento, a nossa capacitação, a nossa área técnica está sempre realizando essas capacitações e orientações aos nossos profissionais de saúde”, disse.

A diretora também falou sobre os casos no estado vizinho, Pará, que, segundo Solange, também não vive situação de emergência.
“Vale ressaltar que no estado do Pará nós tivemos apenas 19 casos confirmados da doença. Nós não estamos com uma incidência de emergência, como está sendo veiculado, e nem no estado do Amapá também, pois aqui tem uma incidência muito baixa. Tivemos aí dois anos consecutivos de incidência zero da doença. Então não há motivo para pânico da população”, tranquilizou Solange.
A Mpox é uma doença viral zoonótica que geralmente ataca pessoas que têm um sistema imunológico mais frágil. A doença possui uma vacina disponível, entretanto, ela é ofertada apenas para grupos de risco que são compostos de pessoas mais vulneráveis, como o que podem vir a ter uma co-infecção da doença e evoluir para a forma grave.
Entre os sintomas estão a febre, fadiga, dor de cabeça e dores musculares. O sintoma mais característico é a erupção cutânea, que surge de 1 a 5 dias após o início da febre.