Advogado alega falha na prestação do direito à saúde no Iapen
No mês de abril deste ano, Denis Welverton foi vítima de um acidente de trânsito que resultou em uma fratura do fêmur. Naquele momento ele também descobriu que havia contra ele um mandado de prisão em aberto, da comarca de Santarém.
O advogado de defesa Osny Brito; alegou que Denis nunca foi intimado e que se trata de uma prisão injusta.
Denis ficou no Hospital Clinicas Alberto Lima, onde passou por uma cirurgia, sendo colocado pinos e diversos pontos. No dia 27 foi realizada audiência de custódia, presidida pelo juiz de direito Moises Ferreira, que decidiu por encaminhar Denis para a enfermaria do IAPEN, para que o médico avaliasse se o presídio teria condições ou não para tratar o reeducando.
“Em resposta, a coordenaria informou que só realizam atendimento de atenção básica e que não tem profissional para fisioterapia e reabilitação. O sistema prisional não tem o aparato mínimo para o tratamento adequado, ele está sofrendo a omissão cruel e silenciosa dentro daquela cadeia”, disse Osny Brito.
“Primeiro foi no Ciosp, lá ele ficou jogado na pedra, na cela, sem qualquer assistência médica, só depois de horas consegui entregar medicação. O meu cliente teve que urinar em uma garrafa pet, sem poder ir ao banheiro. No Fórum, saltando aos olhos, a fratura do fêmur, pinos e choro de dor, ainda assim ele foi encaminhado a carceragem da enfermaria do IAPEN, onde só foi atendido uma vez pelo médico. Lá ele não teve curativos, não consegue fazer suas necessidades básicas e foi transportado em um carrinho de mão de madeira”, comentou Brito.
Para o advogado criminalista não é por que ele está na condição de preso, que se perde a dignidade humana. “Vale ressaltar que no presente caso está evidenciada grave violação a constituição, regras de mandela e o pacto de São José da Costa Rica. Tudo será denunciado”, disse ele.
Foi determinada pela Justiça uma nova audiência de custódia que o caso requer. A assessoria de imprensa do Iapen ficou de se pronunciar sobre o caso ainda hoje.