Em reunião com o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate á Fome (MDS), Wellington Dias, nesta quinta-feira (9), o senador Davi Alcolumbre (AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), conseguiu, em um ação conjunta entre governos federal e o governo estadual, definir um pacto contra a fome no Amapá e debater soluções para amenizar as consequências do fenômeno natural conhecido como “terras caídas” no Arquipélago do Bailique – conjunto de oito ilhas que fica a 180 quilômetros de Macapá, no leste do Amapá. O fenômeno natural ocorre quando o avanço do Rio Amazonas provoca a erosão das encostas, destruindo tudo construído às margens das ilhas.
A convite do senador, Dias confirmou que irá ao Amapá para ver de perto a situação do Arquipélago e, também, para discutir um planejamento para garantir a segurança alimentar em todo o estado. Hoje, 50% das pessoas do Amapá vivem em situação de vulnerabilidade ou extrema pobreza. Uma das primeiras ações, segundo o chefe da pasta, será revisar o Cadastro Único – registro que permite ao Executivo saber quem são e como vivem as famílias de baixa renda no Brasil – O ministro também irá ao Arquipélago do Bailique para conhecer de perto a situação e elaborar, junto ao governo estadual, caminhos para prevenir e solucionar as consequências das terras caídas na região.
“Vamos, neste momento, trabalhar o emergencial, que é cuidar de que tem está passando fome, necessidade. Vamos trabalhar a questão do Cadastro Único garantindo as condições de atendimento justo a quem mais precisa”, afirmou Wellington Dias. “Vamos trabalhar ainda um projeto que possa garantir uma solução para preservar o Arquipélago do Bailique e dar condições de qualidade de vida com maior segurança”, acrescentou.
Após a reunião, Davi Alcolumbre classificou a reunião no MDS como “extremamente produtiva para as demandas do Amapá” e ressaltou que o seu mandato e o governo estadual estão focados em cuidar “das pessoas em vulnerabilidade. “Tratamos de vários assuntos importantes neste encontro, de políticas públicas voltadas à defesa e proteção das famílias, especialmente no que diz respeito à segurança alimentar. Cuidar dessas pessoas é cuidar dos que estão em vulnerabilidade social”, frisou.
Sobre o Arquipélago de Bailique, onde vivem quase 20 mil pessoas, o senador garantiu que lutará, tanto no Ministério do Desenvolvimento Social quanto no Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, por soluções para os moradores do local. “É preciso ter esse olhar para as pessoas que vivem nessa região do Amapá. Precisamos construir a várias mãos, junto ao MDS e ao ministro Waldez Góes, uma saída para esse problema, que é um fenômeno natural, mas que está causando problemas para as famílias que vivem lá”.
Também presente no encontro, a secretária de Assistência Social do Amapá, Aline Gurgel, pediu ao governo federal, além de suporte para a segurança alimentar no estado, apoio em prol da emancipação financeira da população. “Queremos que esses homens e mulheres possam, também, alimentar seus lares. Nossa população precisa ter dignidade. A secretária contou ainda que o estado está fazendo uma ação integrada com os municípios para que o preenchimento do Cadastro Único seja feito de forma a atender realmente os mais necessitados. “As pessoas vivem nos municípios e queremos levar essa proteção a eles”, finalizou.