Amapá

Além de atenção à saúde, HU-Unifap também desenvolve ensino e pesquisa

O Hospital Universitário da Universidade Federal do Amapá – Unifap – iniciou seus atendimentos no dia 26 de setembro e já está com seus profissionais dedicados à atenção da saúde amapaense. Entretanto, além desse serviço, o HU também produz ensino e pesquisa. É isso que faz dele um hospital universitário, diferente dos demais hospitais. No campo do ensino, o HU-Unifap recebe estudantes de diversos cursos ligados à área da saúde, estagiários de cursos em geral, estudantes em regime de internato, pesquisadores e médicos residentes, a pós-graduação dos alunos que se formam em medicina e desejam se especializar em determinada área.

A ideia de um HU na Unifap nasceu da necessidade que os cursos de saúde tinham para realizar sua prática em ambiente hospitalar, em especial o curso de Medicina. Entretanto, o hospital absorve estudantes das mais variadas áreas, como pedagogia, direito, jornalismo, diversas engenharias etc. Todos tutoreados por profissionais das respectivas áreas que fazem o hospital funcionar cotidianamente. José Carlos Tavares, Gerente de Ensino e Pesquisa, destaca a funcionalidade do hospital para a formação superior como um todo: “Além dos estudantes de graduação, o HU também forma estudantes em nível de pós-graduação. É o caso das residências médicas, consideradas especialização acadêmica, da engenharia hospitalar e da pedagogia hospitalar. Essa última, inclusive, sendo algo relativamente nova no Brasil, implementada há aproximadamente 10 anos apenas e em linha com uma tendência global. Em breve deve haver um processo de expansão da pós-graduação no hospital, com o início da formação também nas áreas de farmácia, fisioterapia, entre outras”.   

O hospital está ofertando especialidades em nível ambulatorial e 10 leitos de internação. E já estão inseridos nessas atividades os estudantes de internato, do quinto e sexto ano do curso de Medicina, e os residentes da clínica médica. Os alunos dos internatos rodam as especialidades do ambulatório e os residentes acompanham a enfermaria de clínica médica, todos integrados às atividades de assistência hospitalar.

Sobre o início das pesquisas científicas no hospital, Tavares destaca que o início dos trabalhos para produção de conhecimento dentro do H.U. também já foi iniciado: “Aprovamos no Colegiado Executivo o Comitê de Ética em Pesquisa, esse é o primeiro passo para iniciar a produção de pesquisa no HU. Já estamos estruturando as primeiras linhas de pesquisa para serem implementadas no hospital. Nosso próximo passo é criar o Centro de Pesquisa Clínica e, dentro dele, estabelecer linhas de pesquisa que serão desenvolvidas pelos acadêmicos de todos os cursos, preceptores, supervisores e demais profissionais que desenvolvem atividades assistenciais”.

O curso de Medicina da Unifap dura seis anos. Os quatro primeiros anos são teórico-prático e os dois últimos são dedicados ao estágio, chamado de internato, momento fundamental na formação dos futuros médicos. O HU já está recebendo estudantes de internato, como é o caso das estudantes Juliana e Renata Rabelo, internas do quinto ano: “Acompanhamos os pacientes ambulatoriais em várias especialidades. Como o hospital ainda está iniciando seus trabalhos, ainda não há muitos pacientes. Eles estão sendo encaminhados. Mas pudemos acompanhar uma consulta com hematologista”. As estudantes destacam, ainda, a importância do Hospital Universitário para a residência médica, quando estiverem formadas: “Podemos voltar recém-formadas para a residência. Já existem residências funcionando no HCAL – Hospital das Clínicas Alberto Lima (Hospital Geral) e que devem ser remanejadas para cá em breve. Justamente porque aqui, por se alta complexidade, todos os médicos são especialistas, não são apenas generalistas. Após o internato, a primeira porta para retornarmos seria através da residência”.

Além dos internos, estudantes dos períodos iniciais do curso de Medicina da Unifap também já estão frequentando o HU para aulas. É o caso de Renato Nunes, do terceiro semestre, que está frequentando a disciplina de Farmacologia na ala de Ensino e Pesquisa do hospital: “Aqui no hospital nós podemos ver a parte prática com o professor Tavares, onde ele explica o conteúdo e já exemplifica. Temos essa oportunidade de ver a prática em tempo real. Aqui é um hospital com atendimento regulado, virão casos mais específicos e mais difíceis de se ver em outros lugares. Nesse semestre são apenas as aulas, mas a partir do quinto ano teremos a possibilidade de realizar também o internato e acompanhar a clínica médica”.

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