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Associação cultural denuncia falta de água potável em 23 escolas no Arquipélago do Bailique

A Associação Gira Mundo usou as redes sociais para denunciar a falta de água potável em 23 escolas do Arquipélago do Bailique, distrito distante da capital Macapá. Segundo relatos de moradores a salinização dos rios está deixando escolas de várias comunidades sem água até para beber.

“Depois que a água salga ninguém mais pode consumir. É difícil, nossa comunidade é humilde, muitos não tem dinheiro para comprar água potável e consomem ela insalubre mesmo. As crianças passam mal, vomitam e até tem diarreia”, relatou Maria Aparecida Miranda Dias, moradora da comunidade Franco Grande.

Segundo a Associação as coordenações das escolas relataram o problema para as secretarias de educação do Estado e Município, mas não obtiveram respostas, sem alternativas os moradores procuraram a Gira Mundo para ajudar na divulgação do problema.

Para Rayane Penha, presidente da Gira Mundo, a situação no Bailique é grave. “Se os alunos estão sem água até nas escolas, provavelmente também estão sem água potável em casa. Precisamos fazer essa denúncia com os órgãos competentes para que esse problema seja solucionado”, aponta Rayane.

Em nota a Secretaria Municipal de Educação de Macapá (Semed) informou que as escolas municipais localizadas no Bailique estão em curso normal de aulas, inclusive, em conclusão de período de provas.

A Semed também afirmou que mantém o fornecimento de água potável a todas as unidades de ensino da região regularmente, para consumo dos alunos e da escola em geral. Se houver caso isolado, a secretaria desconhece e não foi acionada, mas os fornecimentos para garantir o funcionamento de todas as escolas está em dia.

O Arquipélago é formado por 8 ilhas com mais de 50 comunidades. O avanço do mar na região causa a salinização dos rios e deixa as mais de 11 mil pessoas, que moram no Bailique, sem acesso a água potável.

A Associação Gira Mundo é dedicada a trabalhar com projetos e ações de arte, cultura, educação e cidadania. No Amapá a Gira Mundo estreitou laços com o Bailique através do projeto TecnoBarca, uma residência artística no arquipélago, e da Campanha “Bosque firme no Bailique” que tem o objetivo da reconstrução da Escola Bosque. Além disso, a associação também realiza cinemas itinerantes e outras atividades culturais.

Nossa equipe de reportagem também procurou a Secretaria de Estado da Educação (Seed), mas não existe breve resposta até o fechamento dessa matéria.

Foto: Dayane Oliveira

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