Bombeiro do Amapá integra missão de ajuda humanitária para combater incêndios florestais no Chile
O bombeiro militar Hedy Robson Soares é o único amapaense a fazer parte da missão humanitária do Governo Federal enviada para o Chile, que sofre com incêndios florestais desde o início do mês de fevereiro.
O tenente faz parte da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que enviou 36 profissionais brasileiros e dezenas de equipamentos de última geração para auxiliar no combate aos incêndios nas regiões mais atingidas do país.
Ele está no Chile desde o dia 14 de fevereiro e atua na região centro-sul, mais especificamente na Província de Maule, no município de Longaví, região rural chilena.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, estão sendo utilizadas pelas equipes da FNSP viaturas adaptadas, bombas de alta pressão e baixa vazão, reservatórios flexíveis de água para operação com aeronaves, e drones para mapeamento aéreo da região.
“Nós fomos acionados pelo Ministério de Relações Exteriores para dar ajuda humanitária em apoio ao Chile, que sofre há mais de 40 dias com incêndio florestais, já passaram por aqui equipes da Colômbia, Venezuela, Argentina e, hoje, estamos em conjunto com os chilenos e espanhóis”, disse o militar, que é 2º tenente.
Desafios da missão
Ele está há mais de 20 dias em campo combatendo os focos de incêndio e relatou um pouco sobre as dificuldades enfrentadas na região, que é extremamente montanhosa e fica perto da Cordilheira do Andes.
“É uma região que possui um solo diferente, em muitos locais a gente chega a subir mais de 1,5 quilômetro. Quando pisamos na areia, o pé afunda até mais ou menos o meio da perna e subir todo esse percurso com nossos equipamentos torna-se uma missão ainda mais fatigante e cansativa, porém estamos conseguindo debelar o fogo”, detalhou o 2º tenente Hedy Robson Soares.
Ele detalha que cada Grupamento de Combate a Incêndio Florestal possui de 15 a 20 pessoas. Juntos, eles enfrentam os desafios da missão.
“Árvores gigantescas e centenárias caem por terem sido consumidas e também há muitas pedras. Muitas rochas chegam a deslizar montanha abaixo, mas graças a Deus nós estamos no combate há 20 dias, sem nenhuma baixa e nenhum tipo de ferimento”, garantiu o amapaense.
Situação do Chile
Ainda não há previsão para os militares retornarem para as cidades e países de origem. Segundo o último informe do Governo Federal, mais de 20 pessoas morreram e mais de mil ficaram feridas. Os incêndios que atingiram a região centro-sul do Chile, destruíram cerca de 270 mil hectares nos estados de Maule, Ñuble, Bío Bío e Araucanía.
