Conselhos de Enfermagem apontam falhas após fiscalização em unidades Covid-19
Os Conselhos Federal e Regional de Enfermagem realizaram ações de fiscalização nos centros de atendimento exclusivos para pacientes com covid-19 no Amapá, para apurar denúncias sobre as condições de trabalho em que os profissionais estão atuando.
Na capital existem quatro Centros Covid, e todos foram vistoriados. Na UBS Lélio Silva foi constatado que não existe a manutenção dos aparelhos de oxigênio e nem o fornecimento de refeição para pacientes.
No Centro Covid Santa Inês a fiscalização aponta falhas graves na infraestrutura como a ausência de espaço para manipulação de medicações e superlotação nas enfermarias.
De acordo com a presidente do Conselho Regional de Enfermagem (COREN), Emilia Pimentel, algumas irregularidades persistem desde o inicio da pandemia como “Depois de um ano de pandemia ainda temos a falta de EPIs para os profissionais, irregularidade no dimensionamento da enfermagem, infraestrutura inadequada e sobrecarga de trabalho”.
Já no Hospital Universitário, o maior centro de atendimento do estado, os profissionais não tem área apropriada para descanso, para dormir é necessário espalhar colchões, que não são suficientes para todos, pelo chão. Também no HU o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) flagrou enfermeiros exercendo a profissão sem a inscrição no conselho regional, o que é proibido. “Os profissionais que estão exercendo as atividades sem a inscrição no conselho serão chamados para se regularizarem junto ao órgão” explicou Sandra Fava, do Cofen.
A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) disse que vai se pronunciar após recebimento do relatório. Já a Secretaria Municipal (Semsa) disse que se manifestará através de notas.
Os relatórios serão encaminhados ao Ministério Público e aos gestores, para que sejam notificados a sanar as irregularidades. Imagens (Cofen)