“De setembro a setembro”: ação promove melhorias no atendimento psicológico do Amapá

Iniciou nesta quarta-feira, 8, a programação especial voltada para a saúde mental no Amapá, organizada pela Coordenação Estadual de Saúde Mental do Estado. A primeira atividade foi uma palestra ministrada no Museu Sacaca, voltada para instituições atuantes na área da saúde em geral, orientando suas funções e áreas de atendimento entre si, fortalecendo a rede. 

Durante a tarde, haverá uma preparação ao Corpo de Bombeiros para lidar com crises suicidas, e na quinta, 9, haverá um workshop de apresentação e conversação de instituições de assistência psicológica, divulgando o papel e foco de atendimento de cada uma.

Pautado no Setembro Amarelo, o tema das programações é “SUS é vida, o SUS salva vidas: prevenção de setembro a setembro”, e o objetivo, como conta o coordenador de Saúde Mental, Mario Denis, é harmonizar e agilizar o atendimento à população no âmbito psicológico, fazendo com que o Sistema Único de Saúde, ao ser buscado por alguém necessitado de ajuda nesta área, saiba para onde encaminhar e como orientar aquela pessoa. 

O coordenador também informa que a partir deste evento haverá um acompanhamento psicológico periódico a todos que forem atendidos pelo SUS com crises suicidas, diferente do modelo atual que apenas faz encaminhamentos após o atendimento imediato. “isso ajuda muito, para que a pessoa que já chega fragilizada, já chega necessitando deste atendimento, não saia dali com um ‘não’. Que saia pelo menos acolhida, conduzida e devidamente encaminhada para onde realmente deve buscar este atendimento”, explica Mario.

A programação se encerrará no dia 17 de setembro, com uma feira de saúde mental, que vai acontecer na frente do Mercado Central, das 17h às 21h, onde todos os setores de atendimento psicólogo terão estandes de divulgação de seus serviços à população em geral. Na ocasião, também serão distribuídas cartilhas informativas. 

“É essa a proposta, que a gente apresente para a sociedade amapaense e macapaense que existe essa rede de atendimento psicossocial”, diz Luciano Maia, assistente social e integrante do CAPS-AD, acerca da importância do evento como um todo. Ele explica que existe na RAPS (Rede de Atenção Psicossocial) vários centros especiais e focalizados em atendimentos específicos que a população desconhece, como o Centro de Atenção Psicossocial para usuários de Álcool e outras Drogas (CAPS-AD), onde ele trabalha. 

A importância do evento como um todo, além de fazer do atendimento pelo SUS algo mais eficaz no encaminhamento de pacientes, é apresentar à população diversos polos de atendimento públicos especialmente preparados para pessoas em cada situação que estiverem, como o CAPS infantil ou o CAPS gentileza (para pessoas com transtornos mais persistentes).