Após entregar as sedes dos interiores mais longínquos do estado, a Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP) iniciou as entregas dos municípios da região metropolitana de Macapá. No dia 20 de outubro, é a vez dos moradores de Mazagão receberem o prédio equipado para acolhê-los. Feito com projeto modular padronizado, esta é a 11ª sede inaugurada pela instituição.
Assim como os demais projetos modulares entregues pela Defensoria Pública, o projeto conta com recepção, quatro salas para atendimentos, uma sala de arquivos, uma sala de reunião, uma suíte para o defensor público lotado no Núcleo, um copa e dois banheiros sociais.
Para o defensor público-geral, José Rodrigues, estar em fase de finalização das sedes no estado simboliza a conclusão de uma das prioridades do planejamento estratégico da instituição. “É a realização de um sonho”, expressou.
“Iniciamos pelo interior, sobretudo os mais remotos e afastados. Entregamos a primeira sede em Oiapoque e, a partir disso, chegamos nos interiores mais próximos da capital. Agora estamos na reta final, já na região metropolitana, entregando Mazagão e em breve Santana. Teremos Defensoria Pública com sede própria em todas as comarcas do Amapá, sobretudo para a população que mais precisa”, expressou o defensor público-geral.
Segundo o defensor público Ricardo Carvalho, coordenador do Núcleo Regional de Mazagão, a inauguração da sede marca “um novo momento da atuação da Defensoria Pública” no município. “Com a estrutura colocada à disposição, conseguiremos atender muito mais munícipes e vamos oferecer o serviço que a população merece ter”, expressou o defensor público.
MAZAGÃO
Mazagão é o 5º município mais populoso do Amapá, com 21.918 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Constituída por três distritos (Mazagão, Carvão e Mazagão Velho), a cidade possui uma história única.
Nasceu no século 18 com a fundação de Mazagão Velho pela Coroa Portuguesa para abrigar famílias vindas da Mazagão Africana, uma colônia no Marrocos que foi desativada para ser transferida para o Brasil.
Com a colonização, também nasceram tradições seculares. Manifestações culturais e religiosas fazem parte do município, a mais conhecida é a festa de São Tiago, que reconta a guerra entre mouros e cristãos através cavalhada e teatro a céu aberto.
Apesar da história e tradição, Mazagão ainda é um dos municípios mais vulnerabilizados do Amapá: 48,2% dos munícipes vivem com até meio salário mínimo por pessoa, segundo dados do IBGE. Além disso, possui outras singularidades, entre elas, as mais de 265 comunidades ribeirinhas e quilombolas espalhadas em toda a região.
