Denuncia

Em Macapá, profissionais do audiovisual contratados para campanha eleitoral registram ocorrência por ameaça por dívida de R$ 11 mil reais

Diretor de produtora contratada para produzir campanha da então candidata ao senado, Rayssa Furlan, registrou uma ocorrência policial por ameaça.

O diretor de cena da produtora contratada para produzir o material publicitário da campanha da então candidata ao senado, Rayssa Furlan, registrou nesta quarta-feira, 5, uma ocorrência policial por ameaça a profissionais do audiovisual. Henrique Santos de Souza irá representar criminalmente contra uma pessoa ligada à coordenação da campanha de Rayssa, que é primeira-dama do município de Macapá.

De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), a ameaça ocorreu na recepção de um hotel no centro da cidade, por causa de uma dívida no valor de R$ 11 mil.

O BO foi registrado na Delegacia de Crimes Cibernéticos, ao delegado da Polícia Civil, Fábio Araújo de Oliveira. Henrique Souza é um dos profissionais que a empresa Mutante Filmes trouxe para Macapá, para produzir o material da candidata Rayssa. A empresa é de Fortaleza-CE e o acordo foi celebrado no valor de R$ 650.000,00, dos quais, ainda falta pagar R$ 70.000,00, segundo consta no BO.

Produtora foi contratada para produzir campanha da então candidata ao senado, Rayssa Furlan.

O relato de Henrique afirma que a equipe está em Macapá desde o mês de agosto e ficaram hospedados no Mara Hotel, com o compromisso de que a despesa seria de responsabilidade do contratante, ou seja, da coordenação da campanha.

Encerrada a campanha, ainda segundo a denúncia, no dia 5 de outubro, por volta de 16h, os nove profissionais estavam saindo do hotel quando foram comunicados pela recepcionista que estavam devendo R$ 11 mil reais em diária e despesas extras.

Ao informar à trabalhadora que essa responsabilidade é do contratante, conforme o contrato, a mesma fez uma ligação telefônica para uma pessoa que ele não sabe dizer o nome, e passou o telefone para Henrique, que explicou a situação e reafirmou que não era sua responsabilidade, e sim da coordenação da campanha.

BO foi registrado na Delegacia de Crimes Cibernéticos

O problema mais grave iniciou quando chegou ao hotel um homem, que os profissionais do audiovisual afirma conhecer somente “de vista” da campanha, e que é chamado de “Neto”, que iniciou uma discussão para saber quem iria pagar a conta.

De forma que os profissionais consideraram agressiva, o homem afirmou que os hóspedes deram muitas despesas e ameaçou que “…agora vai ficar perigoso para vocês aqui. Aqui não é o Ceará”. Henrique perguntou se era uma ameaça e o homem disse que sim. Sentindo-se ameaçados e com medo, os profissionais seguiram para o Aeroporto Alberto Alcolumbre, onde compraram passagens para retornar para Fortaleza, menos Henrique, por falta de vaga. Alguns, na pressa, deixaram pertences pessoais no hotel.

Profissionais registram situação nas redes sociais

Amedrontados, pediram ajuda a amigos e áudios circularam nas redes sociais na noite desta quarta-feira, com os profissionais, nervosos, contando os fatos. Policiais Civis foram ao encontro da equipe para dar segurança e apoio. Henrique expôs ainda outro fato que aconteceu na Delegacia, quando prestava depoimento. De acordo com ele, um homem de pré nome Diego, e que seria assessor do prefeito Furlan, entrava insistentemente na sala para pedir que desistisse da denúncia, mas foi retirado por estar atrapalhando o trabalho da polícia.
A denúncia criminal foi lavrada em desfavor do homem que é chamado de “Neto”. A equipe desta reportagem tentou contato com a assessoria de Rayssa Furlan, e foi informada que uma nota oficial seria enviada à imprensa, porém a mesma não chegou na redação até o fechamento desta matéria.
Já por volta das 14h, em nota, Rayssa nega as acusações e diz que todos os compromissos financeiros foram honrados e não há inadimplência. Também negou as ameaças.

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