Entra no terceiro dia a paralisação de rodoviários de duas empresas de ônibus em Macapá
Em abril, funcionários das duas empresas já haviam paralisado suas atividades cobrando o fim de salários parcelados e pagamento do FGTS.
Desde a quarta-feira (15) atendendo a população com apenas 30% da sua frota, as linhas de transporte coletivo Amazontur e Capital Morena deflagraram greve em buscas de melhorias salariais, exigindo cumprimento de acordo coletivo feito entre os trabalhadores e as empresas, que as folhas salariais sejam postas em dia e o recolhimento dos depósitos do INSS e FGTS.
Na primeira tentativa de negociação, ainda no dia 15, os trabalhadores recusaram a proposta das empresas. Segundo eles, os pagamentos são feitos com atraso todos os meses. Em nota, as empresas Amazontur e Capital Morena acusam a paralisação dos trabalhadores rodoviários de ser “injustificável”. Já sobre o atraso nos pagamentos, as empresas afirmam ser de apenas 7 dias.
Ontem (16), houve nova tentativa, mais uma vez sem sucesso. Os grevistas estariam sendo ameaçados pelas respectivas empresas de demissão. A Polícia Militar teve de ser acionada para controlar a situação. Há a expectativa de uma nova reunião nesta sexta-feira, dessa vez também com representantes da Prefeitura de Macapá, para discutir as demandas da classe.
O presidente do Sincottrap (Sindicato dos Condutores de Veículos e Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do estado do Amapá), Cristiano Souza, garante que a greve é por tempo indeterminado e que as atividades só serão retomadas quando suas demandas forem atendidas.
Estão paralisadas as linhas Amazonas, Macapaba 1 e 2, Morada das Palmeiras, Brasil Novo, Infraero 1, Curiaú/Mestre Oscar, Buritizal, Renascer, Pedrinhas e Pantanal. A Zona Norte de Macapá tem sido a mais afetada com essa paralisação, já que é atendida quase exclusivamente pelas duas empresas.