Ex-secretário de educação de Santana garante que licitações eram feitas pela SEMAD
Depois que a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão na Prefeitura Municipal de Santana, na manhã de hoje, 13, e emitiu nota falando sobre o teor das investigações, a equipe do Portal alynekaiser.com.br entrou em contato com o secretário de educação da época.
Por telefone, Carlos Sérgio Monteiro, que foi gestor da Secretaria Municipal de Educação (SEME) em 2014, ano que foram detectadas as fraudes, segundo a PF, afirmou que à época, a pasta não participava de licitações.
“As informações que tenho, pelos sites de notícias, é que se trata de uma operação sobre fraude em licitação. E a SEME, na minha gestão, não fazia esse processo. Isso era concentrado na Secretaria de Administração (SEMAD), através de um setor chamado CPL, que realizava esses procedimentos. Portanto, eu não tenho conhecimento de como foi feita essa licitação, como se deu. Até porque, não era responsabilidade do secretário. Nós eramos, o que eu chamo, de usufrutuário. Tudo era feito na SEMAD. Portando, não há nenhum vínculo, nenhuma possibilidade, porque não tínhamos essa competência de licitar”, garantiu Carlos Sérgio.
O ex-secretário disse ainda que, em outro momento chegou a ser acusado de executar fraudes em licitações, e que tomou medidas judiciais contra seus acusadores, onde, segundo ele, ganhou em duas ações.
“A título de acrescentar na informação, o período que fui secretário, compreendeu de 7 de maio de 2013 a 16 de outubro de 2014”, explicou.
O Procurador Geral do Município, Ronilson Barriga, confirmou que a ação policial teve como alvo a Secretária de Educação e a Central de Licitação, mas que não tem ligação com a atual gestão.
A Prefeitura Municipal de Santana informou que todas as medidas foram tomadas para colaborar com os órgãos de controle e investigação a fim de que o cidadão não seja prejudicado com o mau uso do erário, ainda que as responsabilidades por possíveis desvios estejam totalmente afastadas da atual administração.