Família de tenente assassinado após briga no trânsito pede justiça após um ano do crime
Na próxima sexta feira, 24, completa um ano que a família do tenente da PM, Kleber Santana, clama por justiça. O policial foi covardemente assassinado, aos 42 anos de idade, com um tiro na cabeça, depois de um desentendimento no trânsito, ocorrido por volta das 7:30 horas, do dia 24 de fevereiro de 2022, no Centro de Macapá.
O autor do crime, major aposentado da PM, Joaquim Pereira da Silva, vulgarmente conhecido como “Xamã”, está preso preventivamente, desde o dia 23 de março de 2022, mas até o momento sem previsão de julgamento.
Segundo a família, nem mesmo o processo referente ao julgamento de farda do acusado tem tido andamento, uma vez que até a comissão que analisa o caso dentro da Instituição Militar já foi modificada por três vezes, o que deixa a família ainda mais insegura e sem entender o motivo pelo qual o Comando Geral de Policia Militar, vive mudando de Comissão e não realiza logo o julgamento da farda.
Ao longo desse tempo, familiares e amigos de Kleber Santana se mobilizam por meio de manifestações. A mãe do policial, Creuza Santana, de forma incansável, utiliza as redes sociais todos os dias, na tentativa de sensibilizar as autoridades a darem celeridade ao processo. “Nada e nem ninguém vai trazer meu filho de volta, mas a sessão de impunidade só aumenta nossa dor. Esse homem merece pagar pelo que fez com o meu Klebinho, acabou com nossa família e principalmente traumatizou uma criança que presenciou tudo e que chora todos os dias a falta de seu pai”, disse a mãe.
O tenente Kleber Santana foi atingido por um dos quatro tiros proferidos por Joaquim Pereira, que, após uma pequena discussão, perseguiu o veículo que o tenente dirigia e na esquina da Rua Odilardo Silva com a Avenida Cora de Carvalho, desceu da sua picape e disparou contra o policial que estava à frente.
Kleber foi morto pelas costas, sem chance de defesa. No banco de trás do veículo estava o filho do policial, uma criança de 4 anos, que estava à caminho da escola. Após realizar os disparos e perceber que o alvo estava morto, Joaquim Pereira fugiu do local e foi apresentado à autoridade policial no dia seguinte, por um advogado.
Para sua tia materna Cris Nobre, a justiça precisa agir rápido, pois se nada for feito, isso servirá de incentivo para tantos criminosos que andam por aí. “Queremos justiça, queremos o assassino condenado, sem farda e que pague pelo que fez com o meu sobrinho e tantas outras pessoas que foram vitimas desse monstro. Ele não pode voltar a sociedade como se fosse uma pessoa normal, pois caso isso aconteça, será apenas um incentivo, para quem quer fazer o mal e no final ainda sair de boa”, lamentou Cris.
Segundo várias reportagens da época, Joaquim possuia várias queixas entre elas: agressões no trânsito, ameaças, violência doméstica e outras. Para seu tio Ronildo Nobre, a família do tenente segue confiante de que ele não sairá impune. “Hoje choramos a falta do meu sobrinho, a dor é muito grande, um ano sem ele é como se fosse uma eternidade, nossa família nunca mais será a mesma, mas seguimos firmes confiantes de que nossa justiça do Amapá, irá fazê-lo pagar pelo crime que cometeu”, afirmou Ronildo Nobre.
A família está unida acreditando na justiça e que a condenação virá, também que Joaquim Pereira também irá perder a farda, “porque não se pode ter alguém desse perfil descontrolado na corporação”, informaram.