Morre Cliver Campos, comunicador amapaense
Cliver Campos entregou-se à vida, ao carnaval e ao jornalismo. Ele nasceu no dia 2 de dezembro, Dia Nacional do Samba, não por acaso, porque ele era dono de um sorriso largo e de uma alegria própria, iluminada dos sagitarianos.
O nosso querido amigo jornalista Cliver partiu nesta segunda-feira (21), de fevereiro, na semana do Carnaval. Nascido no bairro do Trem, tinha como uma de suas paixões, a Escola Piratas da Batucada. Em 2019, ele desfilou pela Piratas pela última vez na avenida no meio do mundo e naquele momento tava se despendendo mesmo de tão feliz.
Cliver tinha uma capacidade analítica e seriedade no trato, no apuro da informação, bem como na condução de uma entrevista, fosse na rádio ou na assessoria de comunicação. Eram características marcantes não só do grande jornalista que foi, mas da pessoa humana preocupada em levar informação séria e de qualidade, diariamente para todos. Ele amava a comunicação e gostava de rádio desde menino.
Mesmo com muitos anos de profissão, Cliver foi atrás do diploma e se formou na Universidade Federal no Amapá, era da primeira turma de jornalismo e virou também concurseiro. Passou no concurso da Assembleia Legislativa do Amapá, mas não teve a chance de assumir a vaga.
Cliver, sem dúvida, era uma enciclopédia Barsa, recorríamos a ele sobre fatos, datas, nomes , política, ele sabia de tudo, inclusive, com uma riqueza de detalhes. Um calendário humano e sempre parabenizava os amigos em seu aniversário às 00h. Ultimamente ele não estava tão pontual, mas com mesmo carinho ele fazia questão de dar o parabéns.
Era um alucinado pela sua profissão, sempre atento e com bloquinho em mãos, Cliver passou por diversas assessorias, emissoras e programas de rádio fazendo história, deixando a marca Cliver Campos com um sorrisão no rosto e com uma luz que marcou sua passagem neste plano.
Cliver Campos era sagaz, inteligentíssimo, adorava política e carnaval. Macapá fica menos alegre, menos iluminado, mas o céu brilha com sua chegada , cheia de luz com um ser humano com coração gigante, gentil e dedicado.
Sempre brincávamos sobre notas de pesar e como queríamos as nossas, e quem faria a de quem partisse primeiro. Cliver e eu nos falávamos todos os dias, e no último dia 14 de janeiro, antes dele internar, ele mandou um áudio e uma mensagem me dando essa missão de fazer a nota dele. Rimos, brincamos e falei, sim meu amigo. Ele falou: tá minha irmã. Não imaginava que esse momento chegaria, ele era um querido por todos e partiu jovem demais, nos deixando tristes, mas ele não era assim, então…Sei que essas palavras não representam na totalidade o ser humano incrível que foi, Cliver.
Que o nosso Deus conforte o coração dos familiares, dos muitos amigos e da sua companheira Antônia, neste momento de profunda dor. Que Cliver seja recebido no seu novo plano com o muito samba…”O samba é alegria, amor e poesia que embala o povo a sonhar…”
Te amamos!
Siga na luz, amigo!
Texto: Lilian Monteiro