No arquipélago do Bailique, a maior estrutura de ensino da região, a Escola Bosque, está sendo levada pelo processo de erosão que atinge o Distrito. A escola, construída no estilo de ocas, atende 720 estudantes do ensino fundamental e médio, e possui, além de área administrativa, mais quatro módulos com 4 salas de aula cada.
Funcionários da escola que preferem não se identificar dizem que até 2019 funcionavam todos os módulos, mas hoje apenas 1 módulo com 4 salas está fora de perigo, sendo insuficiente para atender todos os alunos.
“Em 2020 foi implantado o ensino médio integral, porém com a pandemia não foi possível vivenciar o modelo, agora que temos o retorno presencial não vamos poder atender, pois não temos sala de aula, até nosso refeitório está sendo levado pela erosão”, conta uma professora.
Ela também conta que para não deixar os estudantes mais prejudicados as atividades serão retomadas de maneira remota. “De acordo com o calendário as aulas retornariam no dia 07, porém não temos como garantir esse retorno presencial prejudicando estudantes de 28 comunidades atendidas pela escola”, conta a profissional.
No Bailique não há lugar grande o suficiente que possa ser alugado para funcionar a escola, sendo a única solução viável a construção de uma nova. Em 2021 a Secretaria de Estado da Educação (Seed) chegou a anunciar a construção de uma escola, porém ainda sem previsão para construção.
