Polícia

Operação da Decipe resulta na apreensão de arma, drogas e dinheiro oriundos do tráfico

Uma operação da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe), deflagrada na manhã desta terça-feira, 9, resultou na prisão em flagrante de João Paulo Rebelo Tavares, de 32 anos, da companheira dele, Andressa Letícia Coimbra, de 26, e na apreensão de um revólver calibre 357 com numeração raspada, munições, substâncias entorpecentes, do tipo crack e maconha, e quase R$4 mil em espécie.

Operação aconteceu na manhã de hoje, 09

A ação é o desdobramento da investigação de um homicídio ocorrido no dia 29 de junho deste ano, na zona norte de Macapá, e que vitimou Erinelson Moraes Oliveira, que tinha 18 anos. Os agentes cumpriram quatro mandados de busca e apreensão nas residências dos acusados de envolvimento no crime e em um imóvel que, segundo os levantamentos da polícia, era usado como quartel general de uma organização criminosa. 

O local servia para guardar as armas usadas nas ações delituosas e também funcionava como ponto de venda de drogas da facção. As ordens judiciais foram executadas em uma área de pontes da Avenida Hermes Monteiro, no bairro Novo Horizonte, mesma região onde a vítima foi assassinada.

Vítima – Erinelson

“Durante as investigações, nós conseguimos identificar todos os envolvidos. Desde os executores até as pessoas que estavam dando apoio a eles naquela área aonde o crime aconteceu. Além dos mandados de busca, foram expedidos três mandados de prisão preventiva. Dois dos nossos alvos encontram-se no Iapen. Eles foram presos recentemente pela Polícia Militar, depois de manter uma família refém. Um terceiro indivíduo está foragido e a quarta pessoa é uma adolescente que está fora da cidade, porque foi ameaçada de morte pela facção”, detalhou o delegado Luiz Carlos Gomes Júnior, que preside o Inquérito Policial (IP).

Luiz Carlos Gomes Júnior, que preside o Inquérito Policial (IP)

Todo o material apreendido (R$ 3.670,00 em dinheiro, o revólver, as balas e os 110 papelotes de drogas, avaliados em mais de 3 mil reais) foi encontrado no QG do crime durante a revista feita pelos agentes. Marido e mulher que foram flagrados ainda tentaram ludibriar os policiais.  

“Inicialmente, os dois negaram a existência de drogas e armas no local. Mas, nas buscas, nós encontramos essa quantia em dinheiro e no chão da casa conseguimos identificar um buraco por onde, provavelmente, eles tentaram se desfazer do entorpecente e do revólver”, contou o delegado.

A autoridade policial acredita que a arma encontrada tenha sido a mesma usada para ceifar a vida de Erinelson. “Temos duas armas apreendidas. Essa de hoje, possivelmente, é a que foi usada nesse homicídio que estamos investigando. A outra foi apreendida com um dos acusados que está na penitenciária. Ela também tem grandes chances de ter sido empregada nesse crime”, avaliou Luiz Carlos.

João Paulo, preso em flagrante, tem passagem pela polícia e fazia uso de uma tornozeleira eletrônica. A Polícia Civil (PC) concluiu que Erinelson foi atraído para uma “casinha”. A isca foi a menor que hoje vive escondida para não ser morta pela organização criminosa. Foi ela, com a ajuda do irmão Lúcio Gonçalves dos Santos, que se encontra recluso na Penitenciária estadual, juntamente com Joab de Aquino Brito, responsáveis por trazer a vítima até o local da emboscada. 

Erinelson residia no município de Tartarugalzinho – distante cerca de 228 quilômetros de Macapá -, e teria vindo pela primeira vez na capital do Estado, exclusivamente, para se encontrar com a adolescente, com quem trocava mensagens pelas redes sociais. As investigações apontaram ainda que o jovem foi morto porque mentiu, alegando que era faccionado.

Negueba – Foragido

“Esse rapaz tinha acabado de chegar de viagem. Não há nenhum registro dele com o crime. Muito menos indícios que ele tinha envolvimento com alguma facção. Talvez para conquistar a menina que foi usada para atraí- lo, ele inventou que era de uma determinada facção”, finalizou o presidente do IP, garantindo que não medirá esforços para localizar e prender Lucivan dos Santos Pereira, conhecido como “Negueba”, um dos executores do homicídio.

Relembrando o caso

Erinelson Moraes foi morto a tiros, em via pública, próximo a entrada de uma ponte, onde hoje a PC dei cumprimento aos mandados. O corpo dele foi encontrado por populares que ouviram os tiros, mas e época não quiseram dizer muita coisa a polícia.

Local onde a vítima foi morta. Mesma região onde os mandados foram cumpridos

De imediato, a polícia descartou a possibilidade de um latrocínio (roubo com resultado morte), porque nem a mochila e nem o celular dele foi levado.

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