Polícia

Operação Vikare: PF cumpre mandados de prisão, busca e apreensão no Amapá

Ação contra pessoas ligadas ao tráfico de drogas prendeu ex-deputado, Isaac Alcolumbre.

Uma mega operação que visa desarticular uma quadrilha ligada ao tráfico internacional de drogas foi desencadeada na manhã desta quarta-feira, 19, pela Polícia Federal (PF) no Amapá e em mais oito estados da federação. Cerca de 300 policiais foram às ruas cumprir 24 mandados de prisão preventiva e 49 mandados de busca e apreensão em residências e empresas.

Em Macapá, os alvos foram quatro imóveis e duas pessoas, entre elas está o ex-deputado estadual, Isaac Alcolumbre. As demais ordens judiciais foram executadas no Pará, Amazonas, Piauí, Ceará, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Segundo informações, as investigações acerca do crime tiveram início em 2020, quando uma intensa movimentação de aeronaves de pequeno porte no Amapá chamou a atenção da PF.

Durante as incursões, os agentes federais encontraram destroços de um avião no município de Calçoene – distante a 365 quilômetros da capital amapaense -, adaptado para fazer o transporte de substâncias entorpecentes, e que havia sido incendiado, propositalmente, após cair em uma área de mata no mês de março, para ocultar crimes praticados. A polícia foi informada de que, na época, outra aeronave havia pousado no lugar para resgatar tripulantes e cargas.

Ex-deputado estaria com valor considerado de dinheiro
Foto: arquivo ALAP

Com o avanço das investigações, a PF descobriu ainda que o proprietário do avião havia sido preso no mês de junho, do mesmo ano, no Paraguai, quando aterrissou em outra aeronave com 425 kg de cocaína. Quatro meses depois, o dono do avião que deu apoio aos tripulantes em Calçoene foi preso em uma cidade paraense, após deixar Macapá, levando 450 kg de Skank.

Material encontrado durante cumprimento de mandado

Ainda segundo os levantamentos da polícia, um aeródromo, de propriedade de Isaac, localizado em Macapá, servia como ponto de apoio logístico para as ações criminosas. Era lá que as aeronaves eram abastecidas com combustíveis e adaptadas para levar drogas para outros estados brasileiros, bem como outros países como Colômbia e Venezuela.

Empresas de fachadas de cosméticos foram abertas para lavar o dinheiro do tráfico. Outra, no ramo de peixe, era utilizada para esconder o entorpecente e dificultar a ação da polícia. A organização criminosa era estruturada com mecânicos especialistas em aeronaves, pilotos e operadores financeiros.

Aeródromo servia de ponto de apoio para ações criminosas

Além dos mandados de busca, apreensão e de prisão, a Polícia Federal do Amapá representou junto à Justiça Federal pelo bloqueio de bens de 68 pessoas físicas e jurídicas, e o bloqueio financeiro dos investigados, que ultrapassaram R$ 5 milhões cada. Os presos irão responder pelos crimes de tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, poderão pegar 51 anos de prisão.

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