Polícia

Operação Vikings: com apoio de várias unidades da segurança pública, PF age contra o crime organizado

Na manhã desta quinta-feira, 11, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Vikings, com o objetivo de cumprir 15 mandados de prisão preventiva e outros 13 de busca e apreensão contra membros de uma organização criminosa atuante no estado, responsáveis por uma série de crimes de homicídios, tráfico de drogas e roubos, que foram praticados dentro e fora do sistema prisional.

As ordens judiciais foram cumpridas nos municípios de Macapá, Santana e Pedra Branca do Amapari. Cerca de 80 homens da PF, da Polícia Civil (PC), da Companhia de Operações Especiais (Coe) do Bope, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Gaeco e do Núcleo de Inteligência do Ministério Público (Nimp) deram cumprimento às medidas cautelares que foram expedidas pela 1° Vara Criminal.

Na capital, os alvos foram residências localizadas nos bairros Araxá e Universidade, na zona sul; São Lázaro e Novo Horizonte, na região norte da cidade. As investigações tiveram início no dia 5 de abril deste ano, depois que uma pessoa foi presa pela Polícia Militar (PM), portando cédulas falsas e uma arma de fogo.

Material encontrado durante revista no bairro Universidade (Foto: PF)

Com o avanço dos trabalhos, a Polícia Federal descobriu que o indivíduo possuía um posto de comando na organização criminosa. A polícia identificou ainda grupos que realizavam a intermediação de recebimento de drogas, utilizando pequenas embarcações na malha fluvial do Amapá, principalmente em Santana. Em seguida, era feita a distribuição a outros integrantes do esquema criminoso, responsáveis pela venda dos entorpecentes em vários municípios.

As investigações detectaram que a organização criminosa é devidamente aparelhada, com subordinação hierárquica em vários níveis de comandos, divisão de tarefas, e contém, também, um estatuto que disciplina as relações entre os membros. Dentre os mandados de prisão preventiva, dois foram cumpridos contra indivíduos já reclusos no Instituto de Administração Penitenciária (Iapen). A polícia diz que há indícios de que os dois alvos sejam os articuladores da facção dentro da cadeia.

Inicialmente, os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico. As penas, somadas, podem chegar a 23 anos de reclusão e pagamento de multa.

A Operação Vikings faz referência à antiga civilização originária da região da Escandinávia, cujo povo era conhecido por ser bárbaro, semelhante ao modo de agir dos integrantes da organização criminosa.

Desdobramento

Durante o cumprimento de um mandado de prisão, na Ilha de Santana, os agentes encontraram na casa onde o alvo estava aproximadamente 10 quilos de pasta base de cocaína. O homem foi preso em flagrante por tráfico de drogas e levado à Superintendência da Polícia Federal para os procedimentos cabíveis.

Já em Macapá, no bairro Universidade, na Avenida Maria Lúcia Brasão, o investigado resistiu à prisão e atirou contra a equipe da Coe. Houve confronto, e Amilton Leite Pacheco, de 35 anos, conhecido como “N2” ou “Neném”, foi alvejado e acabou morrendo. De acordo com a polícia, o mesmo usou um revólver calibre 38 para abrir fogo contra os militares.

N2 possuía passagem pelo crime de homicídio

Nas buscas no quarto de N2, que fica aos fundos de um estabelecimento comercial, o cão farejador do Bope localizou drogas escondidas em uma das mobílias. No total, foram apreendidos 79 papelotes de maconha e 3 de crack prontos para venda, além de uma balança de precisão. Foram encontrados ainda 3.900 em moeda venezuelana, 18 mil em real e uma pistola calibre 380 com numeração suprimida.

N2 era tido como uma liderança dentro da organização criminosa que integrava. O mesmo tinha passagem pelos crimes de homicídio.

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