Polícia

PC prende acusado de executar um dos “salve” que marcou setembro de 2020

A Polícia Civil do Amapá, através da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe), conseguiu identificar e prender, na manhã desta segunda-feira, 1, um dos executores de uma onda de assassinatos que ocorreu no ano passado.
A data ficou conhecida como o “Dia Sangrento”. Na época, nove homicídios foram registados pela polícia, em menos de 24 horas.
Um dos crimes aconteceu na noite do dia 12 de setembro, em uma arena do bairro Zerão – Zona sul de Macapá, quando a vítima, Bruno Rafael dos Santos Alfaia, de 22 anos, foi surpreendido pelo atirador, que chegou em uma bicicleta, acompanhado do comparsa.
“Essa vítima estava às proximidades dessa arena, assistindo a um jogo de futebol que estava tendo lá. Aí, se aproximaram os dois indivíduos, que foram os autores. Um deles sacou a arma e efetuou três disparos que foram fatais. Mataram a vítima e logo em seguida fugiram do local”, detalhou o delegado Wellington Ferraz, titular da Decipe.
De acordo com o que foi apurado durante as investigações, os envolvidos nos crimes, tanto vítimas como autores, tem e tinham envolvimento com organizações criminosas que atuam no Estado.
“Todos esses indivíduos dessa época, sejam vítimas ou infratores, estavam envolvidos com o crime, vinculados à facções. Os inquéritos estão em curso. Estamos levantando e pedindo a prisão. Porque assim como mataram desafetos, podem vir a matar outras pessoas. São pessoas que curtem puxar o gatilho”, analizou Ferraz.
Jefferson Chucre de Souza, de 22 anos, conhecido como “Neguebinha”, foi capturado em sua residência, localizada na Rua Inspetor Antônio de Oliveira, no mesmo bairro onde cometeu o homicídio. O comparsa dele continua foragido.
Fábio de Vilhena Serrão, de 18 anos de idade, está com mandado de prisão em aberto.
Dos nove inquéritos policiais sobre essa onda de mortes, instaurados na Decipe, quatro deles já foram elucidados.
“No caso desse preso, ele confessou a autoria. Confirmou que fazia parte desse grupo criminoso, mas que não agiu a mando da facção. Disse que já tinha um problema com a vítima. Só que não acreditamos, porque na época foi dado o ‘salve’ para várias mortes, que se efetivaram, entre as quais, a dele”, acrescentou o delegado.
Neguebinha foi indiciado por homicídio qualificado (motivo torpim e impossibilidade de defesa da vítima), culminado com o crime de organização criminosa.

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