Cotidiano

Pesquisa do CONFEA revela que no Brasil somente 19% dos profissionais de engenharia e agronomia são do sexo feminino

A organização Womens Engineering Society (WES), do Reino Unido, instituiu o dia 23 de junho para celebrar o Dia Internacional das Mulheres na Engenharia. Uma pesquisa de 2022 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), revelou que o percentual de mulheres registradas como engenheiras no Brasil é de 19,3%, o que corresponde a 199.786 profissionais do sexo feminino, de um total de total de 1.035.103 engenheiros no país.

Amapá segue esta tendência e de acordo com o conselho regional da classe, o estado possui somente 13% de mulheres atuando na área.

No Amapá, essa tendência se mantém e dos 7 mil profissionais da engenharia e agronomia registrados no conselho regional da classe, apenas 928 são mulheres, o que representa apenas 13% do total.

Entre essas profissionais está a engenheira civil Andréa Barreto, que atua na profissão há mais de dez anos. Ela conta que iniciou a vida profissional ainda jovem e logo que concluiu a graduação. “Já fui empreendedora, funcionária pública, engenheira de obras e projetista. Também já trabalhei em obras particulares, públicas e de infraestrutura e agora sou professora”, comenta.

Além de estar diariamente nas obras, a engenheira também divide o seu tempo com a Estácio, onde trabalha na formação de novos profissionais da engenharia civil. “Quando passei pela graduação o sistema de ensino era mais tradicional e havia uma distância entre professores e alunos, que mudou bastante nos últimos anos. E hoje como professora, incentivo os meus alunos, especialmente as mulheres, para que busquem conhecimento além do que é repassado em sala de aula. A ideia é que todos saiam com a base teórica, mas também com experiência relacionada a comunicação e liderança de equipe”, destaca.

Entre essas alunas de Andrea está Daniele Macedo. A estudante conta que ao iniciar o curso se deparou com um número pequeno de mulheres na sala de aula, o que segundo ela, não chegou a ser um problema. “Apesar de sermos minoria, a relação com os colegas homens sempre foi de muito respeito e cordialidade”, pontua.

Ainda na condição de estudante, Daniele já foi contratada por uma construtora local. Ela destaca que ao iniciar a vida profissional se deparou com o desafio de liderar uma equipe formada por homens, o que foi feito com respeito. “À medida que mais mulheres estão envolvidas na construção, se espera um aumento na representatividade feminina em todos os níveis e isso inclui não apenas engenheiras civis, mas também mulheres em outras profissões relacionadas à construção, como arquitetura, gerenciamento de projetos executados e negócios imobiliários”, completa.

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