Amapá

Petrobrás pretende iniciar no segundo semestre perfuração de primeiro poço de petróleo na Costa do Amapá

Foi anunciado nesta terça-feira (28) que a Petrobrás assumiu pra si a prospecção por hidrocarbonetos na Costa do Amapá. Prevista para começar no segundo semestre deste ano, a perfuração faz parte do primeiro de uma série de até 14 poços na chamada Margem Equatorial, a uma profundidade de mais de 2,5 mil metros abaixo da lâmina d’água.

A chamada Margem Equatorial é uma faixa do mar territorial brasileiro que inclui os estados do Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. O interesse pela Costa do Amapá se deu pela descoberta, a partir de 2015, de reservas gigantes de petróleo na Guiana Francesa, e, em 2020, no Suriname. Pensando nisso, não resta dúvida do expressivo potencial que deve haver também na Costa do Amapá.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) autorizou a Petrobras a realizar um simulado para avaliação pré-operacional na região do Amapá em águas ultra-profundas. O diretor de Exploração e Produção, Fernando Borges, explicou que se trata de um exercício para a Petrobras mostrar toda a capacidade de contenção de qualquer vazamento. O objetivo é estar preparado para atender todos os requisitos do licenciamento ambiental.

Por se tratar de uma área sensível, a Petrobras e suas sócias nos blocos da Bacia da Foz do Amazonas enfrentaram dificuldades para obter permissões para perfuração na área, após processos de licenciamento ambiental que tiveram início ainda em 2015. A região em que os ativos estão localizados se estende pela costa do Estado do Amapá e da Ilha do Marajó, no Pará, e abriga o maior cinturão contínuo de manguezais do planeta, além de recifes de corais.

Diante disso, há toda uma preocupação por parte da Petrobrás em dialogar muito sobre a segurança operacional do projeto e o controle dos dados, visando reduzir os impactos ao meio ambiente e a “pegada de carbono”. Além disso, de acordo com a empresa, os ventos, as aves migratórias, as praias arenosas e as correntes e biotas marinhas serão monitorados, com o objetivo de proteção da natureza local. A atividade, que terá a colaboração da comunidade acadêmica, irá gerar conhecimento científico sobre o ecossistema da região.

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