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Policia Civil investiga crimes ambientais no Matão do Piaçacá

Nesta quarta-feira, 6, a Polícia Civil do Estado do Amapá, por meio da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA), com apoio da Polícia Científica do Amapá (PCA), realizou investigação, mediante denúncia anônima, de crimes ambientais na região de Matão do Piaçacá, no município de Santana. A investigação contou com a presença do delegado Guilherme Dias, coordenador da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente da Polícia Civil do Estado do Paraná.

De acordo com o delegado Wellington Ferraz, titular da Dema, foram encontrados indícios dos seguintes crimes: desmatar floresta nativa, em terras de domínio público, sem autorização do órgão competente; ter em depósito ou guardar madeira, carvão, sem licença ambiental; cortar ou transformar em carvão madeira de lei, para fins exploratórios, econômicos em desacordo com determinação legal e construir estabelecimentos ou serviços potencialmente poluidor, sem licença ambiental.

“No local, os peritos da PCA identificaram, aproximadamente, uma volumetria de 100 metros cúbicos de madeira, entre toras derrubadas e madeiras processadas para fins comerciais. Foram identificadas espécies como Massaranduba e Angelim Vermelho. Além disso, foram identificados mais de oito pontos de desmatamentos, ocorridos, através de cortes seletivos. Essa estratégia é muito adotada por criminosos ambientais, já que eles abrem pequenas clareiras em mata fechada, escolhendo as madeiras mais valiosas economicamente e, com isso, tentam fugir de alertas de desmatamento emitidos por satélites. Além do desmatamento, foi encontrado caieira e produção de carvão no local, sem licença ambiental”, explicou o delegado.

Foi identificado o responsável pela área, assim como dois indivíduos que estariam trabalhando para ele. Os investigados não estavam no local durante a realização da perícia. O delegado Guilherme Dias, que acompanhou a operação, após estar no Amapá para ministrar uma capacitação sobre protocolo de ação para crimes de maus-tratos de animais, contou sobre a experiência de combater os crimes ambientas na Amazônia.

“Inicialmente, queria agradecer esse trabalho da Polícia Civil do Amapá, realmente é maravilhoso ver que tem pessoas lutando por nós aqui na Amazônia. Fiquei espantando com a expertise desses criminosos que cortam somente as árvores mais nobres, árvores milenares, para que o satélite não possa captar o desmatamento, então é muito importante esse trabalho feito por esses guerreiros do norte que vão ‘in loco’ investigar os crimes ambientais e defender a Amazônia”, afirmou o delegado.

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