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Rambolde Campos e Zé Miguel lançam obra digital “A Pele que se Lê”

“A Pele que se Lê”, um apelo musical por respeito e igualdade e contra a discriminação é a mais nova canção de Rambolde Campos e Zé Miguel, que será lançada neste domingo, 21, em plataformas de streaming para acesso do público. Em vibração máxima de melodia e sentimentos, a música ganhou formato audiovisual, e a expressão e força da obra, é revelada em um clip que será também disponibilizado nas plataformas digitais e redes sociais.

A inspiração surgiu da urgência em acender na consciência de todos a inquietação com a desigualdade, a preocupação com os casos de racismo, a discussão sobre a omissão, a banalização e o descaso com os sentimentos de quem sofre com o preconceito, ou por ele. Todas estas emoções afloraram em meio a pandemia mundial, quando os fatos de natureza discriminatória e de violência se misturaram com o caos no planeta, e o que poderia ficar pequeno, virou poesia e canto de resistência, em que a cor da pele deixa de ser um incômodo diferencial e se torna um símbolo de união e irmandade.

Ancestralidade, respeito e amor próprio são as referências da composição, um jogo de palavras musical em que o negro, o preto são orgulhosos de suas raízes, assumidamente afrodescendentes, e pedem paz e a compreensão do valor da mistura entre gente de todas as raças. “A Pele que se Lê” tem a força de um hino em defesa da igualdade quando é entoada. A percussão marca o ritmo, trazendo o som dos tambores para esse canto de harmonia, combinação exata para os acordes do baixo, guitarra e o vocal.

O clip causa o impacto visual e materializa a produção musical, revela a força e raça por trás da obra de Rambolde Campos e Zé Miguel. Com a assinatura de Thomé Azevedo, responsável pelo roteiro e direção, o filme, produzido pela Grafite Comunicação, é um chamado para a sensibilização e respeito, um mosaico de pessoas negras, anônimas ou mais populares, com muita linguagem corporal, expressões faciais, suas danças, características originais, e adaptações que não interferem na autenticidade dos povos de raízes afrodescendentes.

“O ano de 2020 foi um grande enigma para a humanidade, e mesmo com tudo o que estamos passando, os problemas causados pela vaidade e intolerância humana, continuam nos atingindo, como o racismo, presente em nossas vidas e que fez com que Rambolde e Zé Miguel transformasse o repúdio em canção. O clip foi um impulso gerado com a morte de George Floyd, nos EUA, que abalou o mundo, escancarando uma realidade brutal. É uma extensão visual dessa canção, aborda de forma poética e artística o movimento de peles negras, sua diversidade cultural e histórica”, cita Thomé Azevedo.

A produção musical é de Oscar Nunes e equipe musical, do Estúdio Garagem, produtora potiguara, parceira dos compositores. No clip, a bateria é de Jobson Sena, os teclados, Bruno Nunes; baixo, Helder Melo; guitarra: Fhilip Sena e os vocais, Rafael Ferbati e Deise Pinheiro. A assessoria de Marketing, sob o comando de João Amorim, disponibilizará “A Pele que se Lê” em mais de 50 plataformas de streaming, como Spotify, Deezer, YouTube, Applemusic e Amazonmusic, a partir de 12h deste domingo.

Os Artistas

Rambolde Campos

Nascido em Natal-RN, no final da década de 70, compôs suas primeiras canções e participou de festivais e Feiras culturais no Nordeste. Na Década de 80 chegou ao Amapá, seguindo os irmãos, e formou família e se estabeleceu em Macapá, para quem compôs a canção “Dentre Todas Capitais”. Em 1986 gravou seu primeiro LP, e depois lançou mais 7 obras, entre LPS e CDS. Em 1999 inaugurou o Estúdio de gravação Albatroz da Amazônia, onde os artistas amapaenses passaram a gravar seus trabalhos. Em 2012, gravou e lançou o CD 30 anos de música, com um repertório de 30 músicas de sua autoria e outros parceiros tucujus. Neste trabalho, a música de destaque e sucesso foi a obra “Os Passa a vida”, composta em parceria com o cantor e compositor Osmar Jr.

Zé Miguel

Iniciou a carreira musical cantando em cultos dominicais da igreja. Foi guitarrista em diversas bandas de bailes amapaenses. Na década de 1980 compôs suas primeiras canções e começou a participar de festivais. Em 1991 lançou seu primeiro LP, Vida Boa. Em 1996, junto com Val Milhomem e Joãozinho Gomes criou o projeto Planeta Amapari, resultando no CD. Em 1998 lançou seu segundo disco solo, Lume e em seguida veio o CD Dança das Senzalas, projeto conjunto com o Quarteto Senzalas, grupo formado em parceria com Amadeu Cavalcante, Val Milhomem e Joãozinho Gomes. Em 2002, lançou o terceiro solo, o CD Acústico, e em 2004, foi a vez do CD “quatropontozero”. Após a morte trágica do filho Marco Kayke, vítima de acidente de trânsito, lançou o álbum “Uma Balada para Kayke”. O trabalho mais recente de Zé Miguel é o DVD Meu Endereço, de 2007. (Texto: Mariléia Maciel)

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