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Corpo de homem que morreu de Covid-19 é trocado e enterrado em Macapá

O corpo do empresário José Paulo Batista de Souza, de 63 anos, mais conhecido como Paulo Queiroga, que estava internado no Hospital Universitário, em Macapá, e morreu por volta das 17h desta terça-feira (16), foi trocado pelo de outro paciente e enterrado pela família errada.

Família de Paulo esteve em frente ao HU

De acordo com os familiares, o paciente deu entrada no hospital há cerca de 8 dias. Paulo teve uma piora no quadro e foi intubado. No fim da tarde a família foi informada de que o empresário havia morrido e, quando o funcionário da Funerária contratada chegou para o reconhecimento, não encontrou o corpo do familiar, que já havia sido enterrado no Cemitério São José. “Só soubemos disso porque o dono da funerária era nosso conhecido e viu que não era o Paulo”, disse Graca Queiroga, irmã da vítima.

Ainda na noite da morte, o corpo de Paulo foi desenterrado e levado para a funerária para que fossem feitas as últimas homenagens.

Família de Silvado só soube da troca após enterro

A família do assessor parlamentar Sivaldo Farias da Silva, de 49 anos, só soube da troca dos corpos após as homenagens. Segundo o sobrinho Joseferson Farias, eles aguardavam o corpo na residência no bairro Universidade e seguiram para o cemitério. “Nós percebemos que o caixão estava muito pesado, porém, na hora não atentamos para nada. Jamais íamos saber que o corpo havia sido trocado”, disse ele.

Após o enterro, um funcionário da funerária avisou sobre a troca e pediu a permissão para que o corpo de Paulo fosse desenterrado e Silvado fosse então, enterrado.

Sivaldo deixa esposa e dois filhos.

Em nota a Secretaria de Estado da Saúde informou que vai instaurar processo administrativo junto à Polícia Civil para apurar e responsabilizar os agentes – servidores públicos, terceirizados e funcionários de uma funerária particular – envolvidos na falha de protocolo ocorrido no Centro Covid do Hospital Universitário (HU), durante a liberação de dois corpos de pacientes que vieram a óbito nesta terça-feira, 16, por agravamento de saúde causado pelo novo coronavírus.

A Sesa esclarece ainda que segue o processo de manejo de corpos conforme preconiza o Ministério da Saúde (MS), evitando que os colaboradores que atuam neste manuseio tenham qualquer tipo de exposição ao vírus.

Sobre o episódio lamentável, a Sesa presta solidariedade às famílias e dá todo apoio psicológico, informando que está tomando todas as medidas para reforçar os protocolos internos e, principalmente, de fornecedores de serviços funerários.

Assista o vídeo para mais detalhes:

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