AmapáCidades

Um ano após o apagão, amapaenses ainda enfrentam constantes quedas e falta de energia

Neste 3 de novembro, um ano após o apagão que atingiu 13 dos 16 municípios do Amapá, muitos consumidores ainda amargam constantes quedas e faltas de energia em várias localidades do estado. O apagão aconteceu na noite de terça-feira, durante uma tempestade que atingiu a subestação da Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), causando um curto-circuito, seguido de explosão e de incêndio em um transformador, deixando o Amapá 22 dias sem energia.

Incêndio no transformador iniciou durante tempestade

Logo o desespero tomou conta dos moradores, que durante quatro dias ficaram no total escuro, e nos demais em sistema de rodízio. Nesse período, comerciantes começaram a ter prejuízos, já que a falta de refrigeração deixou muitos produtos de gênero alimentício impróprio para consumo, e a comunicação também ficou prejudicada.

“Eu mesmo, para não desperdiçar, fiz a doação de frangos para os moradores da redondeza do minibox. Mas foi um período muito difícil, até o começo deste ano ainda estava pagando os prejuízos desse apagão”, relatou João Silva, dono de um pequeno comercio no bairro Renascer.

Comerciante acumulam prejuízos com constantes interrupções até hoje

Na ocasião do fato, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) relatou uma série de falhas em usinas, na rede de distribuição e Subestação Macapá. Também foi constatado que no dia do apagão somente dois transformadores da subestação estavam em funcionamento, e que o terceiro, que serviria de “backup”, estava em manutenção. 

Durante os dias de escuro motoristas formavam fila com medo de desabastecimento

Durante a tempestade, um dos equipamentos teria sofrido uma sequência de curtos-circuitos e um incêndio, que teria sobrecarregado o outro equipamento, gerando a interrupção do serviço. Já este ano, a Polícia Federal concluiu o inquérito que indiciou três diretores da LMTE pela omissão na manutenção do terceiro gerador, que ficou quase um ano em manutenção.

E de lá para cá, a qualidade no fornecimento de energia não melhorou, é cada vez mais frequente as quedas e interrupções tanto na capital, quanto para os demais municípios. Em Porto Grande, por exemplo, moradores contam que estão sem energia desde a segunda-feira, 1º de novembro. “Estamos há duas semanas com problemas de energia no município, comunicamos a CEA, mas ela não se pronuncia”, relatou um morador.

Até hoje Amapá vive com frequentes falta de energia

Em nota, a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) informou que as melhorias dos serviços será possível com a chegada da empresa Equatorial Energia, que venceu o leilão de concessão da estatal e que deve começar a operar até dezembro desse ano. A Equatorial, que passará a controlar o serviço, tem entre as obrigações o aporte imediato de R$ 400 milhões e R$ 500 milhões em um prazo de cinco anos, que serão usados na modernização e melhorias no serviço. 

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo