Economia

Café da manhã fica mais caro e amapaense já pode sentir o peso

A tradicional combinação de pão com manteiga e café com leite que compõem a mesa da maioria dos amapaenses se tornou, em 2021, um gasto mais pesado do que o de costume. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBRE) e divulgado em seu portal apontou uma série de aumentos nos componentes da mesa matinal brasileira: em geral, o café da manhã aumentou 9,40%; o café em pó teve alarmante alta de 28,69%; o pão, comumente consumido, teve crescente de 8,13%; e a margarina de 24,30%.

Pão aumentou 8,13%

Apesar de algumas mudanças equivalerem a centavos de diferença quando vistas em suas unidades, como, por exemplo, do pão, essa diferença impacta o orçamento do cidadão quando colocado na ponta do lápis. “Depois de 5 anos mantendo o preço de 35 centavos a unidade do pão, com o aumento e falta dos produtos, a gente teve que aumentar o valor de 35 centavos para 50 centavos”, conta Clícia Lima, gerente da panificadora Nossa Senhora de Lourdes, ilustrando um reflexo da alta nos ingredientes na prateleira: o produto final também aumenta.

Ela ressalta até mesmo que, no contexto pandêmico que vivemos, há constante falta de insumos no mercado, como o trigo regional. “Para a gente, que já compra o material em mais de uma unidade sai um pouquinho mais em conta. Mas para a pessoa no dia a dia é bastante mais caro”, conta Junho Sousa, gerente da Kitanda Café, cafeteria de Macapá, que também teve que aumentar os preços em consequência do mercado em alta, onde os ingredientes ficam mais caros. E, claro, esse aumento impacta na clientela. “Hoje em dia não dá nem 40% do que dava antes”, ele completa.

Com a alta dos produtos panificadoras tiveram que fazer reajustes

Algumas panificadoras tiveram que fazer este aumento, mas tentam segurar o valor para não perder os clientes, como a Pão da Vida, conhecida panificadora do centro de Macapá. “Sim, houve alguns reajustes de preços. No entanto, nem tudo foi repassado ao consumidor final. Muitos dos aumentos acabam sendo absorvidos pela empresa na tentativa de evitar a fuga dos clientes”, conta Emily Silva de Medeiros, administradora da panificadora.

No final, a situação econômica pesa e debilita ambos os lados: mercador e cliente. “Chega a ser uns 100, 200 reais a mais no total”, responde Ana Carolina, de 28 anos, sobre o peso que faz o café da manhã mais caro no fim do mês. Alguns sentem menos esse peso, mas temem pelo futuro, como Raylan Carlos, de 21 anos. “É um peso mínimo, mas se for pensar lá na frente vai pesar muito mais, a tendência é aumentar”, conclui.

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