CB diz que supostos indícios de meninos perdidos em Calçoene não são suficientes para retomar as buscas
Após a propagação de vídeos nas redes sociais, de supostas pistas dos dois garotos perdidos em área de floresta no município de Calçoene, assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros do Amapá diz que indícios ainda não são suficientes para que as buscam sejam retomadas e que aguarda o acionamento do delegado que preside o Inquérito Policial (IP).
“Todas as vezes que surgirem novidades concretas, o Corpo de Bombeiros vai voltar para retomar as buscas em qualquer lugar, independente de ser lá ou em outra situação. Basta sermos acionados pela delegacia daquele município. Agora, se for baseado nos vídeos que estão circulando, nós temos uma opinião que diverge do que está sendo dito. Por exemplo, quem ficaria andando com uma saca e reutilizaria como peconha todo esse tempo e ainda usar como parte de um acampamento depois? Se eles estão vivos, estão numa fase muito complicada e não estariam preocupados em fazer acampamento, mas sim em deixar pistas ao longo do caminho para serem encontrados. Por isso, entendemos que aquilo lá não seja das crianças”, ponderou o capitão Izídio.
Na tarde de hoje, 14, o Corpo de Bombeiros fará uma reunião afim de validar a confirmação, no entanto, garante que se for baseado apenas nos vídeos que estão rolando na internet, as equipes ainda não voltarão aos trabalhos de buscar na região.
“Toda aquela área está muito poluída. Muitas pessoas já passaram por lá e aquilo pode ter sido feito por qualquer um. Mas, se houver informações mais concretas, voltaremos com certeza” garantiu o oficial.
Relembre o caso
Renato Siqueira de Jesus, de 13 anos de idade e Fabrício Oliveira Barbosa de 14, desapareceram no dia 8 de abril em a área de floresta nativa no município de Calçoene, distante há 365km da capital amapaense. Eles teriam saído de um assentamento para apanhar açaí e se perdido na mata virgem.
A versão de que eles estariam na companhia de um cachorro foi desmentida quando o animal foi localizado seis dias depois. A Polícia Civil, que investiga o desaparecimento dos adolescentes, constatou que a cachorra, de nome Duquesa, pertence a outra pessoa.
Durante os 15 dias de buscas intensas e sem nenhuma evidência, segundo o Corpo de Bombeiros, de que Renato e Fabrício estavam na mata, os trabalhos foram encerrados. Porém, familiares dos meninos e voluntário, continuaram à procura dos mesmo.