Esporte

Diretoria do Flamengo avalia mudança de técnico.

O trabalho de Rogério Ceni voltou a dividir opiniões entre torcedores e dirigentes do Flamengo. Na derrota por 2 a 1 para o Atlhetico, mais que o tropeço em si, as decisões táticas ao longo do jogo e as explicações em entrevista após a partida não convenceram o comando no clube.

Na alta cúpula, uma troca de comando para a próxima temporada é debatida e tratada como solução para a próxima temporada. Cartolas ligados ao presidente Rodolfo Landim defendem, inclusive, que já é hora de mapear o mercado em busca de um substituto – que chegaria após o Brasileiro.

Seja por crença ou teimosia, Ceni insiste em teorias que já se mostraram ineficientes. E isso incomoda. Sem Bruno Henrique, suspenso, ele optou por Vitinho em nome da recomposição defensiva. Com o camisa 11 em campo, no entanto, o que se viu foi um Fla sem pernas para marcar e sem poder para criar.

Apesar de o time carioca ter sido um deserto de imaginação na Arena da Baixada, Ceni manteve o jogador quase até o final, mas voltou a se recusar a escalar juntos Pedro e Gabigol, quando o jogo pediu, em muitos momentos, mais peso na área rival.

Explicação para não usar Gabigol com Pedro incomoda

Para aumentar ainda mais o tom das críticas, Ceni jogou contra a banca: lançou Muniz ao lado de Pedro, substituição que gerou dúvidas e muitas críticas ante a insistência de não ter ao mesmo tempo seus dois maiores artilheiros. Incomodado, Gabriel gesticulou quando substituído, mas Ceni esfriou qualquer polêmica.

“Eu posso colocar os dois juntos [Pedro e Gabigol], mas eu não consigo ter a recomposição defensiva. Os dois quebram um galho, mas não são marcadores. O Muniz já tem a parte de chegar na área, cabeceio, mas consegue recompor, fazer um lado de campo. O Gabriel saiu reclamando, pois ele deu muitas opções e não recebeu as bolas em profundidade”, disse. A argumentação gerou repercussão negativa nos bastidores.

A insistência que envolve os dois goleadores é apenas a cereja do bolo de uma jornada muito ruim da equipe, que entrou em campo a quatro pontos do líder Internacional. Mesmo sem criar quase nada, Rogério voltou sem mexidas para o segundo tempo e só fez uma troca aos 26 minutos do segundo tempo.

Com Everton Ribeiro em momento de queda, Ceni sacrificou uma das poucas cabeças pensantes e apostou em Pepê. A mudança não surtiu efeito e um Fla desorganizado apostou no abafa. Em dia também ruim, Arrascaeta deu lugar a Muniz, tornando o Rubro-negro uma equipe que, além de confusa, demonstrava evidente desentrosamento.

“No último jogo, o Arrascaeta pediu para sair, ele estava com a posterior cansada. Ele vem com cansaço, está jogando todos os jogos de três em três dias. Atletas também cansam, principalmente esses da frente”, justificou.

O Flamengo voltou a ver o título de longe e Ceni encara a volta da pressão, que andava sumida depois de duas vitórias seguidas. A incapacidade de manter uma constância na competição incomoda os dirigentes e a lupa volta a ficar ainda maior sobre o trabalho.

“O Flamengo tenta estar na liderança sempre que tem a chance, mas nem sempre consegue. Saímos para uma viagem, já são oito dias longe de casa”, analisou.

A situação se apresenta cada vez mais difícil, mas os rubro-negros, a sete pontos do Colorado, ainda têm um jogo a menos para pagar. Na quinta (28), a equipe encara o Grêmio, 20h, na casa do rival, em jogo que pode definir pelo que o Fla irá brigar até o fim do Brasileiro.

Fonte: Gavea News

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