Estudantes e instituições de ensino superior ficam preocupados com atual situação no Inep

Mesmo com o pedido de demissão em massa de trinta e cinco funcionários do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), o Ministério da Educação (MEC) informou em nota, publicada em suas redes sociais e nos portais oficiais, que o Enem 2021 não será afetado pela exoneração dos funcionários.

Segundo a nota da Assessoria de Comunicação Social do MEC, as provas do exame estão prontas, armazenadas em sigilo, e o Inep monitora a situação para garantir a normalidade de sua execução. O comunicado diz ainda que os servidores colocaram à disposição os cargos em comissão ou funções comissionadas das quais são titulares, mas que continuam à disposição para exercer as atribuições dos cargos até o momento da publicação do ato no Diário Oficial da União (DOU).

Mas a preocupação existe por parte dos estudantes que participarão das duas provas. A aplicação do Enade será neste domingo, 14, e a do Enem acontecerá nos dias 21 e 28 de novembro. “Estudamos tanto e ficamos nessa incerteza. Já passamos por um período difícil sem ter aula presencial, e por online não foi suficiente. Estamos tão angustiados, que tomamos um susto com essa notícia. Primeiro porque não foi um ou dois, foram vários que se demitiram e alegam problemas com o Instituto, o que nos deixa mais preocupados ainda”, ressalta a estudante Alana Santos. 

Segundo o pró-reitor de Graduação da Universidade do Estado do Amapá (Ueap), Marcelo Andrade, a instituição utiliza a nota do Enem para fazer a seleção dos alunos e a preocupação maior é se houver um sinistro. “Tememos de não ocorrer a prova ou o resultado da prova ser contestado, e aí teremos que ver um método alternativo para a seleção dos novos alunos da Ueap”.

Os servidores que pediram demissão alegam “falta de comando técnico” no planejamento do Enem e do “clima de insegurança e medo” promovido pela gestão atual, segundo o documento encaminhado ao Inep.