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“Eu sonho com isso desde quando me enxerguei como a Fleur” diz mulher trans que conseguiu ter gênero reconhecido em seus documentos

Ter o nome social reconhecido é uma luta e um sonho de muitas pessoas transgêneros no Brasil. Entre elas está a chef de cozinha e estudante de artes visuais, Fleur Ferreira, de 28 anos, que conseguiu ter seu gênero reconhecido na carteira de identidade.

“Eu já fico emocionada só de falar porque é um sonho que você realiza. Eu sonho com isso desde quando me enxerguei como a Fleur. Para algumas pessoas pode ser pequeno, mas para mim é um passo extremamente importante”, contou.

Assumir um gênero diferente do que se nasce não é fácil, e mesmo se identificando desde pequena como uma mulher Fleur só conseguiu mostrar como se enxergava para sua família recentemente.

“Eu senti que era Fleur desde quando me entendo por pessoa. Sempre gostei de coisas femininas, mas a coragem de assumir o que realmente sou a versão feminina que sempre esteve por dentro deste corpo masculino veio aflorar em 2017 e 2018”.

“Não é fácil assumir algo para as pessoas quando você nasce de uma forma e se ver de outra, mas a vida é feita de dores, esperança, e coragem de ser quem realmente é. Todos nós temos um forma diferente de florescer”, finalizou.

O uso de nome social é um direito e está assegurado no âmbito dos órgãos judiciários pela Resolução 270 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, de forma mais ampla, em toda a Administração Pública, pelo Decreto nº 8.727/2016. Já para alterar nome e gênero na certidão de nascimento, a norma a ser seguida é o Provimento nº 73 do CNJ, podendo tal alteração ser feita diretamente no cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais, sem necessidade de instauração de processo judicial para este fim.

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