Justiça

Familiares de Helkison e Rafael, mortos em ação policial fazem protesto pedindo justiça

Os familiares e amigos de Helkison José da Silva do Rosário, de 38 anos de idade, e de Rafael Almeida Ferreira, de 19, foram para a esquina no Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), na manhã desta quinta-feira, 9, em protesto clamando por justiça.

Helkison e Rafael foram mortos em 10 de setembro deste ano, durante uma ação que envolveu uma guarnição do 4° Batalhão da Polícia Militar (BPM), na cidade de Santana – distante a 17 quilômetros da capital amapaense.

Nas vésperas de completar três meses do falecimento do padrasto e enteado a família diz que não há dúvidas de que os dois foram executados por terem sido confundidos com criminosos. “As câmeras de segurança mostram a ação. Eles [Helkison e Rafael] estavam a caminho de casa, foram atropelados, e mesmo sem ter envolvimento com a ocorrência, e depois de dizerem que não eram bandidos foram executados. Desde então tentam denegrir a imagem dos dois e das testemunhas”, disse Daniel Borges, primo de Rafael.

Primo de uma das vítimas disse que família não descansará enquanto não houver justiça

“A gente segue vivendo, mas a todo momento vem a lembrança deles. O Helkison e o Rafael eram pessoas incríveis, trabalhadores, e que em nenhum momento estavam envolvidos nessa ação desastrosa. Quando o Helkison morreu jogaram uma arma ao lado do corpo dele na tentativa de justificar e incriminar um pai de família”, contou Daniel.

Amigos e familiares se reuniram em protesto

A família também contou que nesta semana foi realizada a reconstituição do caso, mas segundo Daniel os policiais envolvidos se recusaram a participar, mesmo assim, os familiares dizem que não deixarão o fato cair no esquecimento. “Não vamos deixar o Helkison e o Rafael sem voz, porque eles podem estar mortos, mas eles continuam vivos nas nossas memórias e nas nossas falas, por isso vamos buscar justiça por eles em todas as instâncias. Amanhã faz três meses da morte deles e nunca tivemos sequer uma manifestação da polícia” finalizou Borges.

A época o comando da Polícia Militar se manifestou dizendo que logo após tomar conhecimento dos fatos, a corregedoria da instituição instaurou inquérito para apurar os fatos, e que os militares envolvidos na ocorrência foram afastados dos serviços.

Audiência que manteve policiais em liberdade aconteceu nesta quinta-feira, 09.

Nesta quinta, aconteceu uma audiência impetrada pelo advogado dos PMs que manteve os envolvidos em liberdade até o final do julgamento. O processo segue em segredo de justiça.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo