Polícia

Golpe do Tinder: vítimas relatam como golpista agia

“O ardil que ele usa para seus golpes é justamente a manipulação dos sentimentos. Ele chega como quem não quer nada, encanta e depois dá os golpes”, disse uma promotora de vendas que não quis se identificar.
João Vitor de Moraes Pires foi preso após dar outro golpe em um hotel no centro de Macapá. Segundo a ocorrência, ele chegou no hotel, utilizava os serviços de conveniência e restaurante e na hora do check out, fazia um pix agendado. Desta vez não foi possível aplicar o golpe, pois a gerente do Hotel percebeu e chamou a polícia.



Na Delegacia haviam outras ocorrências registradas contra João Vitor. Ele aplicava golpes do amor, ao se relacionar com pessoas que conhecia num App de namoro.
“Começamos a namorar e ele passou a frequentar minha casa. Um dia ele pediu meu carro e eu emprestei. Ele sumiu, não atendia o telefone. Foi quando procurei a delegacia”, disse uma das vítimas.

Outra vítima chegou a levar o namorado para morar com ela e seus pais. “Nós começamos a nos relacionar e ele estava morando comigo. Eu e meus pais começamos a notar que estavam sumindo alguns produtos pessoais e também dinheiro de casa. Começamos a desconfiar dele. Ao término do namoro eu fui verificar que até o pneu estepe do meu carro tinha sumido”, disse outra vítima.
A mesma vítima informou que ele levou dinheiro de sua carteira e também utilizou seu cartão de crédito. “Não tem como ser outra pessoa, pois na minha casa só moramos eu e meus pais. Além do meu, ele usou o da minha mãe também”, disse.

Até o momento, foram identificadas quatro vítimas, com idades variadas. Os valores obtidos com os golpes não foram divulgados pela polícia.

“Tenho certeza de que há outras vítimas. Ele continua ativo nas redes sociais, nos aplicativos de namoro, inclusive cooptando novas vítimas”, disse uma das mulheres.

Para se aproximar das vítimas, João Vitor conversava e verificava com quem moravam, ou onde trabalhavam. Ele inclusive frequentava os círculos sociais e familiares delas, ganhando confiança para agir.

“Após ganhar minha confiança ele começou a mencionar emergências, para as quais solicitava valores à mim. E eu emprestava. Ele dizia que queria investir num negócio porque o pai dele não teria mandado dinheiro. Eu ainda não fui à delegacia porque uma das vítimas que conheci disse que o rapaz que estava registrando a ocorrência ainda a questionou, porque ela teria caído num golpe. Como se a gente soubesse de algo. Quem não presta é ele”, disse uma vítima que não quis se identificar.

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