Polícia

Justiça decreta prisão de pastor acusado de violação sexual contra 13 fiéis

O pastor Jeremias Barroso, de 55 anos, foi preso no fim da tarde desta sexta-feira, 19, por agentes da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM). O líder religioso é acusado de violação sexual mediante fraude, contra fiéis da Igreja Getsêmani, onde o mesmo era dirigente. Até o momento, pelo menos 13 vítimas procuraram as autoridades policiais para denunciar os abusos.

De acordo com a delegada Marina Guimarães, que preside o inquérito policial que apura o caso, Jeremias havia sido intimado a comparecer na especializa para prestar depoimento. Enquanto colhia a oitiva do pastor, a delegada foi informada que seu mandado de prisão preventiva havia sido expedido pela Justiça amapaense.

“Nós havíamos convocado ele a vir prestar esclarecimentos aqui na delegacia e, para nossa surpresa, quando ele chegou fomos informados da ordem judicial. Imediatamente, demos a voz de prisão, cumprindo assim esse mandado”, contou Marina.

Além do mandado de prisão, um mandado de busca e apreensão também foi cumprido na residência de Jeremias, localizada no bairro Perpétuo Socorro. No local, agentes da Divisão de Capturas, apreenderam um notebook, telefones celulares, pen drives e HD’s. O material será encaminhado para a Polícia Científica, onde passará por perícias, segundo relatou a delegada.

Ainda de acordo com Marina Guimarães, a prisão do religioso é baseada em depoimentos das vítimas e de testemunhas. “O pastor se utilizava de sua condição, ludibriava as vítimas, se aproveitava dessa confiança que elas depositavam nele para abusar delas. Acreditando que ele estava fazendo aquilo para orar por elas, elas acabavam se deixando levar pelo comportamento dele”, detalhou a autoridade policial.

Delegada disse que ele utilizava de se sua condição como pastor para ludibriar as vítimas

Assim que terminou de ser ouvido, o pastor Jeremias foi encaminhado para a Politec, onde foi submetido ao exame de corpo e delito. De lá, foi encaminhado para o Instituto de Administração Penitenciário do Amapá (Iapen), onde deve permanecer preso até uma segunda ordem da Justiça.

Na saída da delegacia, o líder religioso alegou ser inocente e negou todas as acusações. Ele disse ainda, estar sendo perseguido por pregar a verdade e a Palavra. Ele também fez uma grave acusação contra a sua ex-esposa.

As investigações contra o pastor iniciaram em junho do ano passado, quando três mulheres procuraram a DECCM para comunicar os abusos. A partir de então, testemunhas começaram e ser ouvidas e novas vítimas foram surgindo.

Ao longo das investigações, a Polícia Civil contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público(MP).

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