Pagamento de propina envolvendo Furlan e secretários também é investigado pelo MPE
Depois de ter a Polícia Federal fazendo buscas dentro da própria casa, o prefeito de Macapá, Antônio Furlan (MDB), candidato à reeleição, também vai ter que responder ao Ministério Público Estadual sobre o possível pagamento de propina com dinheiro vivo, na obra de reforma da Praça Jacy Barata.
O processo tramita na 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, da Probidade Administrativa e das Fundações e investiga Furlan, e os secretários obras, Cássio Cruz, e o de gestão, José Furlan Neto, irmão do prefeito.
Equipes da PF estiveram na quinta-feira (19), nas sedes da Secretaria Municipal de Obras (Semob) e da prefeitura de Macapá. Foram cumpridos 10 mandados de busca expedidos pelo TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região). A investigação apura desvios de recursos públicos na obra de urbanização na cidade.
No esquema, eram cobrados 5% e 20% em cima do valor recebido pela empresa licitada, quando esta fazia a medição da etapa da obra. O projeto executado por Furlan, inclusive, foi totalmente descaracterizado do original, assinado pela renomada arquiteta Rosa Grena Kliass, responsável por obras como o parque do Forte e a Avenida Paulista.
Em resposta, Furlan atacou o trabalho da PF e disse que a instituição faz a “velha política”. O processo segue em andamento no MP, por meio da promotoria, que tem como responsabilidade instaurar inquérito civil, promover ação civil pública para a proteção do patrimônio público nos termos da Lei e ação de improbidade administrativa para apuração da responsabilidade pessoal dos agentes elencados na Lei.