Covid-19

Pessoas vacinadas contra a gripe são mais resistentes a Covid-19?


A proporção de pessoas vacinadas contra a gripe que contraíram o coronavírus foi ligeiramente menor do que aquelas que não foram vacinadas. Indivíduos vacinados contra a gripe também são menos propensos a necessitar de hospitalização ou ventilação por causa da infecção por coronavírus, sua permanência no hospital é também em média mais curta. Não há diferenças significativas na mortalidade.
Existem explicações médicas e microbiológicas para esses resultados, em especial a defesa imune inata, que possivelmente é ativada pela vacinação contra a gripe. As funções de defesa imunológica mediadas por anticorpos específicos visam principalmente a proteína spike do vírus do SARSCOV-2 para assim inativa-lo. Já a imunidade inata, que pode ser estimulada pela vacinação, consiste em vários elementos diferentes que reagem a infecções em geral, e não a vírus específicos.
Esse “exército” permanente de nossas defesas imunológicas inclui células que ingerem partículas estranhas prejudiciais (fagócitos e células dendríticas) e proteínas que desempenham um papel nas reações imunológicas e processos inflamatórios (citocinas).
Algumas vacinas geralmente são boas para a defesa imunológica, como pode ser visto em pessoas vacinadas contra o sarampo, por exemplo. Estudos epidemiológicos mostraram há anos atrás, que crianças vacinadas ainda tinham uma maior imunidade à uma variedade de patógenos quando comparadas a crianças não vacinadas, mesmo muito tempo após a vacinação.
Outra possibilidade é que as pessoas que foram vacinadas contra a gripe contraíram menos COVID-19 simplesmente porque foram mais cautelosas do que as pessoas não vacinadas. Pessoas de grupos de alto risco, como idosos e pessoas com doenças preexistentes, normalmente são vacinadas contra a gripe em comparação a jovens saudáveis. Proteger-se contra COVID-19 não deve ser o principal motivo para tomar a vacina contra a gripe, mas a vacinação é sempre recomendável pois a gripe também pode ser fatal.
Fonte: https://doi.org/10.1016/j.ajic.2021.02.012

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