Poema de sábado: Rotina
Durmo na madrugada
Espero pela alvorada
Abro os olhos, pratico a fé
Levanto, tomo café
Procuro ler o jornal
Apenas um dia normal
Tento fazer exercício
Realmente não é meu vício
Então vou ao banho
Hoje acordei estranho
A vida segue seu curso
Políticos com falsos discursos
Eis que o rádio anuncia
Mais mortes na pandemia
Enfim toca uma melodia
A canção fala de monotonia
Assim, segue a jornada
Barba por fazer, cara cansada
Pego um livro, leio apenas
a “ orelha “
Penso, franzo a sobrancelha
Sinto a alma inquieta
O que acontece com este poeta?
Do amor era o estafeta
Perdeu a rima discreta
Logo chega a hora do almoço
Sou um “ chato “, acho tudo insosso
Agradeço o convite
Estou sem apetite
A tarde segue modorrenta
Finda, e a noite se apresenta
O brilho da lua me anima
Agora eu entro no clima
Busco papel e caneta
Não encontro, faço careta
Como escrever um poema?
Sem inspiração, será um problema
Dou por mim, já é madrugada
Noite longa, escrevi nada
Nos pensamentos viajo de carona
Penso na vacina, tenho pavor do “ Corona…..”
Klezer Paiva
Poeta por Amor
PARABÉNS, Klezer, esse poema é bem humano.