Polícia

Quadrilha é presa por participar de falsificação de diplomas na Ueap

Quatro pessoas foram presas acusadas de participarem de um grupo criminoso que teria lucrado mais de R$ 15 milhões em um esquema de falsificação de diplomas, registro de diplomas irregulares e desvio de taxas cobradas, na Universidade do Estado do Amapá (Ueap). A operação “Graduatio”, deflagrada nesta quinta-feira (4), em Macapá, por agentes da Divisão Especial de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado.

Operação foi deflagrada nesta quinta-feira (4)

O grupo, segundo a polícia, atuava a pelo menos 7 anos. Uma das pessoas foi presa por ter munição em casa.
Foram cerca de 70 policiais que cumpriram 3 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão contra empresas, empresários e servidores públicos.

Em nota à imprensa, a Ueap declarou que “comunicou as autoridades de segurança sobre o suposto esquema e ressaltou o apoio à operação “Graduatio” para possíveis novas solicitações de documentos e fiscalizações na universidade”.

Cerca de 62 mil certificados de conclusão de curso superior foram registrados pela organização criminosa

Cerca de 62 mil certificados de conclusão de curso foram registrados pela organização criminosa, afirmou o delegado-geral da Civil, Uberlândio Gomes. “Servidores da Ueap estavam cobrando indevidamente para fazer esse serviço, que é legítimo, mas estava sendo feito com aferição de vantagens. O valor normal da taxa cobrada por cada registro era R$ 70 e por esse apressamento eles cobravam um valor a mais, em média, 300 reais. Além disso, eles emitiam diplomas falsos e faziam o registro deles pela Ueap”, disse Uberlândio.

Além disso, os acusados teriam criado faculdades particulares para captação de clientes interessados nos diplomas. “Para que o certificado pudesse ter validade ele precisa ter um registro e esse registro é feito por uma universidade credenciada pelo MEC e a Ueap é uma instituição credenciada. Várias instituições privadas mandavam esse diploma para serem aqui registrados. Esses recursos eram desviados e não eram repassados para a instituição”, finalizou o delegado.

Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pela polĩcia.

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