Santana: PC prende mulher que atraiu motorista de aplicativo para a morte
Santana: PC prende mulher que atraiu motorista de aplicativo para a morte
Agentes da 1° Delegacia de Polícia Civil de Santana, executaram o mandado de prisão preventiva que havia em desfavor de uma jovem de 18 anos de idade, acusada de envolvimento na morte do motorista de aplicativo, Algerri Alves da Silva, de 25 anos, no início do ano corrente.
Jamilly Silva da Silva, foi transferida na tarde deste sábado, 10, para a penitenciária feminina estadual, logo após prestar depoimento e ser submetida a exame de corpo e delito na Polícia Científica.
De acordo com o delegado Felipe Rodrigues, presidente do Inquérito Policial (IP) que apura o caso, Jamilly, que foi usada como isca para atrair a vítima, estava escondida no interior do Amapá e vinha sendo monitorada.
“Demos cumprimento a essa decisão da Justiça que havia sido expedida logo após os fatos. Essa moça estava escondida no interior do Estado, na cidade de Mazagão. Nós já vínhamos acompanhando a rotina da mesma e hoje a equipe da Polícia Civil fez a prisão dela aqui em Santana, bem próximo a delegacia”, contou a autoridade policial.
Ainda segundo Rodrigues, durante a oitiva, a acusada confessou sua participação no crime, mas diz que não sabia que estava levando o motorista para ser abatido.
“Ela confessou em depoimento que participou da corrida mortal que vitimou Algerri, a mando de Calebe, o outro envolvido. Foi ele quem pediu para que ela marcasse. No entanto, ela alega que não tinha conhecimento do que iria acontecer”, detalhou o delegado.
Jamilly revelou ainda, que assim que o carro chegou, ela sentou no banco da frente do veículo, ao lado de Algerri. Em seguida, o comparsa entrou na parte de trás, e então partiram para o local combinado.
“Ela detalhou que assim que chegaram no destino, uma via do bairro Provedor 2, o carro parou e ela desceu. Não demorou muito, ouviu dois disparos e logo depois, viu Calebe saindo do veículo com a arma na mão, e com manchas de sangue pelo rosto e pelas roupas. Então, ela diz ter ficado assutada ao vê-lo correr, e com medo, correu também. Agora, falou que está arrependida, porque não sabia que ele [Calebe] iria ceifar a vida da vítima”, disse o presidente do IP.
Relembre o caso
Algerri foi executado com dois tiros na cabeça, no dia 17 de janeiro. À época, a polícia apurou que a ordem para assassinar o motorista partiu de dentro do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen). O incumbido de praticar o crime foi identidicado como Calebe Nascimento de Lima, de 19 anos, preso horas depois matar a vítima.
As investigações da polícia apontaram que Calebe é integrante de uma organização criminosa atuante no Amapá. Na delegacia, ele confessou ter assassinado Algerri e disse que a motivação para o homicídio foi vingança. Pois, segundo o atirador, o carro do motorista teria levado uma pessoa para matar um membro de sua facção.
Contudo, a polícia diz não ter encontrado ligação da vítima com o crime e acredita que ele foi morto por engano.