Polícia

Seis presos em operação em repressão ao abuso sexual infantojuvenil em Macapá

A Polícia Federal no Amapá deflagrou na manhã desta quarta-feira (17/05), com apoio de militares do 6º Batalhão da 𝑷𝑴, a Operação Alcateia, para reprimir os crimes de armazenamento, compartilhamento e produção de conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes, associação criminosa, maus tratos de animais, além de estupro de vulnerável. Foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva. Um dos dos investigados também foi preso em flagrante por armazenamento de imagens contendo abuso sexual infantil.

Os policiais federais deram cumprimento a nove mandados de busca e apreensão nos bairros: Julião Ramos, Nova Esperança, Infraero, Cidade Nova, Central, Pacoval e Macapaba, além de seis prisões preventivas.

A investigação:
A investigação é um desdobramento da Operação Arcanjo, deflagrada no dia 23 de fevereiro de 2023, quando a PF do Amapá cumpriu um mandado de busca e apreensão e a prisão temporária de um indivíduo ao qual havia indícios de ter armazenado, compartilhado, produzido imagens de abuso sexual infantil, além de estupro de vulnerável. Na ocasião o jovem foi preso em flagrante por armazenar conteúdo de abuso sexual infantil em seu celular.

Com o avanço da investigação, a PF identificou fortes indícios da atuação de um grupo criminoso especializado em praticar crimes sexuais contra bebês, crianças, adolescentes e animais domésticos.
Os indivíduos relatavam suas práticas criminosas, participações e esquemas, objetivando fornecer os meios necessários, seja disponibilizando suas próprias casas ou angariando menores e animais para que pudessem ser violentados. Os investigados, por vezes, planejavam dopar menores de idade para a prática do abuso sexual.

A PF verificou ainda que alguns investigados procuravam abordar pessoas em situação de rua, com filhos ainda crianças, para a prática de abusos contra os menores em troca de dinheiro.

Com as buscas a PF verificará se há mais arquivos de imagens pornográficas infantis armazenadas, bem como se houve o compartilhamento com outras pessoas e se há outros envolvidos no esquema criminoso.

Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, armazenamento, compartilhamento e produção de material contendo abuso sexual infantojuvenil, estupro de vulnerável e maus tratos contra animais. Em caso de condenação, a pena pode chegar a 41 anos de reclusão e multa.

A Polícia Federal vem intensificando e modernizando as investigações visando o enfrentamento à divulgação de material contendo material de abuso sexual infantojuvenil na internet, através de investigações capazes de identificar, em tempo real, os usuários que compartilham tais arquivos ilícitos pela rede mundial de computadores.
A ação de hoje vem ao encontro do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, estabelecido na data de 18 de maio.

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