Três internos do IAPEN são indiciados pela prática de fraude eletrônica, ao fazer falso anuncio de venda de imóvel
Vítima chegou realizar um depósito de R$ 10 mil.
A Polícia Civil do Estado do Amapá indiciou três internos do Iapen pela prática do crime de fraude eletrônica. De acordo com o Delegado Leonardo Fabrício Leite, o crime ocorreu em julho de 2022, quando os dois homens investigados estavam presos. A terceira investigada é companheira de um deles e estava solta.
“Eles agiram através do golpe do falso anúncio de venda de imóvel. A vítima visualizou um anúncio na OLX da venda de uma casa no bairro Brasil Novo. Entrou em contato pelo número informado no anúncio e acertou a entrada de R$ 10 mil, realizando duas transferências de R$ 5 mil cada para a conta bancária de titularidade da terceira investigada. Há vários boletins de ocorrência registrados em desfavor da terceira investigada pelos crimes de extorsão e estelionato. A conta dela sempre era utilizada para realização das transferências”, explicou o delegado.
Ele também conta que atualmente, a mulher está presa preventivamente pela prática de extorsão. “Fomos interrogá-la no Iapen e ela disse que quem praticou o estelionato em apuração foi seu companheiro, o primeiro investigado. Fomos interrogá-lo no Iapen e ele confessou o delito, informando que dava o chamado ‘golpe da novinha’, informando sempre a conta da companheira para a transferência de valores. Além disso, disse que praticou o estelionato juntamente com o outro investigado, seu ex-companheiro de cela. Dos R$ 10 mil que eles receberam da vítima, R$ 3,7 mil ficou com o primeiro investigado para a compra de um celular dentro do Iapen. O restante do valor ficou com o segundo investigado”, detalhou a autoridade policial.
O primeiro investigado encontra-se recolhido ao Iapen como preso condenado com uma pena de mais de 20 (vinte) anos em regime fechado pela prática do crime de furto qualificado e também possui outra condenação por estelionato, mas com uma pena mais branda de pouco mais de 1 ano. Encontra-se, também, preso preventivamente por estelionato e, nas informações prisionais dele, já empreendeu fuga do Iapen em 2019, e deu entrada pela prática de roubo circunstanciado com emprego de arma de fogo e crime previsto na Lei Maria da Penha.
O outro investigado também possui condenação. Ele está preso por sentença definitiva pelas práticas dos delitos de tráfico ilícito de entorpecente e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e, ainda, encontra-se respondendo um homicídio qualificado.
Os três investigados foram indiciados pela prática do crime de fraude eletrônica. O inquérito policial foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário.