Usina de Asfalto Municipal mais uma vez sofre com furtos e continua sem utilização pela gestão pública
A Usina de Asfalto da Prefeitura de Macapá foi mais uma vez invadida. Dessa vez equipamentos e maquinários foram furtados, além de ter portas destruídas. É o que alegam os funcionários que destacam que há mais de um ano o local não está produzindo material. “Desde o ano passado a vigilância no local foi retirada e o prédio está a mercê de bandidos durante a noite e madrugada”, disse Antônio Adalto, conhecido como Fazendinha, que trabalha há anos no local.
Os funcionários também reivindicam o retorno de suas atividades, ou que a Secretaria Municipal de Obras, responsável pela Usina, faça a recolocação dos servidores para outra função. Segundo, Antônio Adalto, servidor da Usina, que junto com outro colega são quem atualmente prestam serviço no horário comercial no local, dos quase 50 servidores que estavam trabalhando na Usina, a maioria desejam o retorno dos trabalhos.
Eles já informaram a Semob sobre o atual furto de um compressor avaliado em R$ 20 mil, que ocorreu na madruga da segunda-feira, 31 de janeiro, para esta terça-feira, 1. E de acordo com as informações dos funcionários já foram quase R$ 300 mil em prejuízo de furto, só em material e maquinário da Usina, que está quase abandonada. Um torno mecânico, patrimônio do ex-território do Amapá, foi um desses materiais.
Adalto diz que está preocupado com os colegas, pois desejam voltar para o trabalho da Usina. “Eles já receberam algumas promessas, mas nada de concreto, estão sem saber se continuarão trabalhando na Usina ou serão encaminhados para outro serviço da Prefeitura. Eles querem trabalhar, serem ativos”, disse ele.
A Usina, que antes ficava na Cuba de Asfalto, foi responsável por fornecer o produto para a malha asfáltica da cidade e no serviço de reparação como tapar buracos. A Usina hoje trabalha com produção de concreto betuminoso usinado quente (CBUQ). A estrutura está localizada atualmente no Distrito Industrial, entre Macapá e Mazagão.
Em março do ano passado, técnicos da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Semob) realizaram uma visita à usina municipal com o objetivo de conhecer a situação dos equipamentos e identificar soluções para deixar a usina em pleno funcionamento. Foi detectado que a usina precisaria passar por manutenções corretivas e preventivas. Além de uma cobertura para preservar os equipamentos, e uma modernização no sistema elétrico.
Mas segundo o subsecretário da época, Paulo Chucre, o funcionamento da usina era de interesse da gestão, pois iria trazer mais rapidez nos serviços diários de execução da Secretaria e também trazer mais qualidade para a mobilidade urbana, segurança para pedestres e motoristas, disse ele em matéria publicada na imprensa.
No entanto, atualmente o asfaltamento da cidade está sendo feito via licitação com uma empresa privada, e a Usina foi descartada, um patrimônio avaliado em mais de 5 milhões. Em nota a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Semob) informou que a usina de asfalto não está sendo utilizada devido às condições atuais da estrutura, que está defasada e apresenta problemas. E sobre a segurança disse que para a próxima semana está marcada uma reunião com a Guarda e o Canil municipal. A intenção é firmar uma parceria para a criação do canil na área da usina. Essa é uma das formas de manter a segurança e executar as manutenções devidas com segurança.
