Polícia

Assassino de vice-prefeito de um município do Tocantins é morto ao tentar a sorte com o Bope em Macapá

Chegou ao fim a carreira criminosa de um bandido, tido pela polícia como um elemento de alta periculosidade e acusado de vários crimes. Entre eles, o assassinato do vice-prefeito de um município no estado de Tocantins.

Carlos Alberto Pimentel de Castro, de 41 anos, o “Sadan”, levou a pior ao tentar a sorte, trocando tiros com uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope), na zona sul de Macapá. O confronto aconteceu no fim da manhã desta terça-feira, 26.

Segundo o tenente coronel Kleber Silva, comandante do Bope/AP, a Polícia Militar (PM) recebeu uma denúncia anônima, informando que uma quadrilha estaria orquestrando um roubo a uma agência bancária na capital amapaense. O policiamento foi intensificado e uma equipe do Choque localizou um veículo suspeito (um Fiat Pálio de cor vermelha) com as mesmas características repassadas pelos denunciante.

Tenente coronel Kleber Silva, comandante do Bope/AP

Ao tentar fazer a abordagem, os militares foram surpreendidos por disparos de arma de fogo efetuados pelo condutor do carro, que seria Carlos Alberto, foragido do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), onde cumpria pena por tráfico de drogas.

“Trata-se de um indivíduo extremamente perigo, que acabou tombando em confronto com os nossos policiais. Há alguns dias, a PM passou a receber denúncias de uma quadrilha que estaria prestes a realizar um grande roubo aqui na nossa capital. Começamos a trabalhar essas informações, interagindo, sobretudo, com a população, que foi a nossa principal fonte. Soubemos que alguns veículos estavam nesta manhã rondando as agências bancárias no centro comercial. Então, intensificamos o policiamento, principalmente, naquela região, na tentativa de  localizar esses veículos e, assim, interceptar essa quadrilha e evitar um possível roubo que estaria em andamento. Uma de nossas equipes avistou esse automóvel e começou a fazer o acompanhamento, buscando o melhor local para fazer a abordagem. Mas, na altura da sétima avenida do Congós, o condutor, ao perceber que estava sendo acompanhado pela polícia, atirou contra a equipe”, detalhou o comandante da tropa de elite da PM do Amapá.

Ainda segundo o tenente coronel, iniciou neste momento um intenso tiroteio entre o suspeito, que foi identificado depois como sendo Carlos Alberto, e a polícia. Na troca de tiros, o criminoso foi baleado. Ele chegou a ser socorrido por uma equipe médica do Samu e levado para o o Hospital de Emergências (HE), mas não resistiu. De acordo com a polícia, o foragido estava portando uma carteira de identidade falsa.

Quando foi preso em 2018, Carlos Alberto, usava o nome falso de Adaias Orquisa

“Não sabíamos que era ele que estava envolvido nessa ocorrência, nesse crime iminente que estaria acontecendo ou prestes a acontecer no centro. Mas, com a ocorrência estabilizada, conseguimos identificá-lo. É importante destacar que, durante a ocorrência, os policiais foram surpreendidos por indivíduo que estava em uma motocicleta, provavelmente, dando apoio na escolta, fazendo o acompanhamento desse criminoso. Então, vejam os senhores, o alto risco que os policiais correram. Não só durante o confronto, mas também no pós ocorrência. Infelizmente, não foi possível fazer a detenção dele suspeito. Mas, estamos em diligências pra tentar localizar essa moto e elemento”, disse Kleber Silva.

Dentro do carro foi apreendido a arma usada, porções de droga e um notebook

O local foi isolado até a chegada da Polícia Científica (Politec) que fez a pericia e remoção do corpo do bandido. A arma usada por ele para abrir fogo conta os militares do Choque – um revólver calibre 38 -, foi apresentada, juntamente o carro e porções de drogas apreendidas no interior do veículo, no Ciosp do bairro Pacoval.
 
Carlos Alberto era dono de uma extensa ficha e apontado como o autor do diversos crime. Ele havia sido condenando a 19 anos e três meses de prisão pela morte do vice-prefeito de São Sebastião, município tocantinense. O assassinato do político aconteceu em outubro de 2012. Antônio Mauro Nascimento foi morto em praça pública, enquanto fazia uma refeição, em uma lanchonete, na companhia da esposa e do filho do casal, que na época tinha 8 anos de idade. Conforme as investigações da polícia de Tocantins, Carlos Alberto foi o executor do homicídio. Ele estaria na corona de uma motocicleta, dirigida por um comparsa, e disparou a queima roupa contra a vítima. Ele foi preso, julgado e condenado. Porém, em abril de  2017, ele conseguiu fugir da cadeia pública de Augustinópolis. Em novembro de 2018, o criminoso foi preso em Macapá, após um assalto frustrado a um Banco. O bandido usava o nome falso de Adaias Orquisa Pereira do Nascimento.

Em 2018, após assalto frustrado, bandido fez mais de 50 reféns em supermercado

“Esse indivíduo estava praticando uma série de roubos aqui em nosso estado. Há três anos ele [Carlos Alberto], acompanhado de quatro comparsas, cometeu um roubo a uma agência bancária no centro comercial. Essa ação foi frustrada pela Polícia Militar. Na fuga, a quadrilha acabou invadindo um supermercado e fazendo mais de 50 pessoas reféns, que só foram liberadas após três horas de negociação. Na ocasião, com esse bando foi apreendida uma submetralhadora UZI, um fuzil, além de várias pistolas e um colete balístico. Nessa  ocorrência, um dos assaltantes e um policial civil ficaram feridos. A época, ele também usava identidade falsa. Inclusive, foi necessário o exame papiloscópico da Politec, para poder fazer a identificação correta dele”, relembrou o comandante do Bope/AP.

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