Foragido do Iapen morre ao tentar a sorte atirando contra militares do 6° BPM
Foi através de uma denúncia anônima, que na manhã desta terça-feira, 23, a equipe do 6° Batalhão da Polícia Militar, sob o comando do tenente Adervan, chegou a uma residência localizada no bairro Marabaixo III – Zona Oeste da cidade de Macapá, onde funcionava um ponto de comercialização de substâncias entorpecentes.
“Fomos parados por uma pessoa que pediu para não ser identificada, e ela informou que nessa casa, aqui na 13° avenida, entre as ruas 9 e 8, diariamente havia uma grande concentração de marginais e venda de drogas”, relatou o oficial.
O fato se deu por volta das 11h. Ao se aproximarem do portão do imóvel, os policiais visualizaram um suspeito com uma arma de fogo na mão, vindo em direção a eles. Assim que percebeu que se tratavam de agentes da segurança pública, o criminoso correu para dentro da casa, se voltando para trás e efetuando disparos contra os militares, que revidaram a ação e também dispararam, vindo a alvejar Rafael Melo Maciel, de 23 anos de idade.
O socorro de urgência foi acionado, mas “Rafaelzinho”, como era conhecido, não resistiu. Ele morreu antes mesmo da chegada da equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
De acordo com informações, uma mulher que estava na companhia de Rafael, conseguiu fugir. Durante uma varredura minuciosa no interior da residência, a equipe do 6° BPM encontrou várias porções grandes de drogas, do tipo crack, que estavam escondidas dentro de um guarda roupas, em um dos quartos. Outra parte foi encontrada no banheiro.
O material foi apreendido e levado para a delegacia, bem como a arma de fabricação caseira usada pelo marginal para atirar nos PMs.
Rafael Maciel respondia a quatro processos por roubo e um por receptação. Ele estava foragido do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).
Populares que pediram para não serem identificados, porque temem represálias, disseram que o imóvel, onde a troca de tiros aconteceu, pertence a um pastor, porém a mesma foi tomada por certa facção que atua no Estado.
“É a segunda vez que bandido morre aí dentro. O dono já tentou vender, inclusive bem baratinho, mas ele não consegue. Porque sempre que aparece comprador a facção põe pra correr. Eles tomaram a casa do homem. É horrível a bagunça aí. Não tem dia e nem hora. Até chamamos a polícia, mas nunca conseguem pegar eles”, desabafou uma pessoa que mora na redondeza.