Caso Kátia Silva: após dois anos, policial acusado de feminicídio de empresária, vai a júri
Ocorre nesta segunda-feira, 17, o júri do do policial civil Leandro Freitas, acusado de cometer feminicídio contra a empresária Ana Kátia Silva, crime ocorrido em julho de 2020.
O julgamento do caso está marcado para iniciar a partir das 8 horas, no Fórum Desembargador Leal de Mira, sede da Comarca de Macapá. O júri contará com a apresentação do objeto utilizado durante o crime e simulações no estacionamento do Fórum, conforme solicitado pela acusação e autorizado pela juíza titular da unidade Livia Freitas.
Relembre o caso
Ana Kátia, que era empresária do ramo alimentício na capital amapaense, foi morta aos 46 anos, com um único tiro na região do peito, durante uma festa de aniversário que acontecia na casa do filho dela, localizada na avenida Lua, no bairro Jardim Marco Zero.
Segundo testemunhas, o policial civil, que ingeria bebida alcoólica naquele dia, estava alterado e manuseava uma arma de fogo, o que causou desconforto entre os presentes. Logo depois a empresária foi encontrada caída no chão ferida e o réu com ferimento na altura do ombro, dentro do veículo.
A autoria do crime possui duas versões diferentes: uma do Ministério Público do Amapá (MP-AP) e uma da defesa do acusado Leandro Freitas. O MP-AP sustenta que o policial civil foi o responsável pela morte da empresária, ocorrida durante discussão dentro do veículo. De acordo com a perícia, a vítima foi atingida com um tiro disparado a curta distância – “à queima roupa” – e o caso foi caracterizado como feminicídio.
Já a tese do acusado alega que não há provas suficientes para apontar que o disparo foi efetuado por Leandro Silva e declara, ainda, que o réu nega envolvimento amoroso com a vítima.
Leandro Silva, que foi preso em flagrante, recebeu autorização para responder em liberdade quatro meses após o caso, em novembro de 2020, mas voltou ao Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) em 2021. Em agosto de 2022 ele foi demitido pelo Governo do Estado.